Powered By Blogger

sábado, 31 de outubro de 2015

Solenidade de Todos os Santos - A doutrina católica a respeito da santidade




Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 5,1-12)

Naquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los:

"Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.

Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.

Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.

Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.

Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.

Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!

Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus".
*

Embora a plena bem-aventurança do homem só possa ser alcançada no Céu, já nesta vida as pessoas podem chegar a uma tal comunhão com Deus, a ponto de serem chamadas verdadeiramente "santas".

Essa, que é a doutrina católica a respeito da santidade, foi radicalmente negada pela teologia protestante, no século XVI. Para Martinho Lutero e seus seguidores, de fato, não é possível que uma pessoa se livre de seus pecados e defeitos nesta vida. Pela fé, o homem justificado não teria os seus pecados apagados, mas tão somente encobertos. É o que está na Declaração Sólida da Fórmula de Concórdia, um dos primeiros compêndios do luteranismo: "Os justificados são declarados e imputados justos e piedosos pela fé e por causa da obediência de Cristo (...), ainda que, por conta de sua natureza corrompida, eles ainda sejam e permaneçam pecadores até o túmulo" [1].

A maior prova de que essa teoria protestante está errada se encontra justamente na vida dos santos católicos, homens e mulheres que se livraram de todos os seus egoísmos e alcançaram a perfeição da caridade, "ainda neste desterro".

Para compreender em que consiste essa santidade e como chegar a ela, vale servir-se da vida e da obra de uma grande doutora da Igreja, contemporânea a Lutero: Santa Teresa de Ávila.

Em sua obra Castelo Interior, Teresa compara a alma humana a "um castelo todo de diamante ou de cristal muito claro onde há muitos aposentos, tal como no céu há muitas moradas (cf. Jo 14, 2)" [2], e em cujo centro está o próprio Deus – sustentando o ser dos homens e dando-lhes a vida natural.

Quanto à vida sobrenatural, porém, um pode achar-se (a) ou em estado de graça (b) ou em pecado mortal:

"Gostaria que considerásseis o que será ver esse castelo tão resplandecente e formoso, essa pérola oriental, essa árvore de vida plantada nas próprias águas vivas da vida, que é Deus, quando cai em pecado mortal. Não há treva tão tenebrosa, nem coisa tão escura e negra que se lhe compare.

Basta dizer que o próprio Sol, que lhe dava tanto resplendor e formosura, se encontra ainda no centro da alma, mas é como se isso não acontecesse. Assim como o cristal pode refletir o esplendor do sol, a alma ainda é capaz de fruir de Sua Majestade. Todavia, isso não a beneficia em nada, daí decorrendo que todas as boas obras que fizer, estando ela em pecado mortal, são de nenhum fruto para alcançar a glória. Isso porque não procedem do princípio pelo qual nossa virtude é virtude – Deus –, mas nos apartam Dele, não podendo ser agrádeveis aos Seus olhos.

(...)

Assim como são claros os pequenos arroios que brotam de uma fonte clara, assim também é uma alma que está em graça, razão pela qual suas obras são tão agradáveis aos olhos de Deus e dos homens. Porque elas procedem dessa fonte de vida na qual, à semelhança de uma árvore, a alma está plantada; e ela não teria frescor nem fertilidade se não estivesse ali, sendo a água a responsável pelo seu sustento e pelos seus bons frutos. Quanto à alma que por sua culpa se afasta dessa fonte e se transplanta a outra de águas sujas e fétidas, não produz senão desventura e imundície.

Deve-se considerar aqui que a fonte, aquele sol resplandecente que está no centro da alma, não perde seu resplendor e formosura. Ele continua sempre dentro dela, e nada pode tirar-lhe o brilho. Mas, se sobre um cristal que está ao sol se puser um pano espesso e negro, claro está que, embora o sol incida nele, a sua claridade não terá efeito sobre o cristal." [3]
A quem entrou nos primeiros aposentos, embora esteja no interior do castelo, nem sempre é dado contemplar a sua magnificência – debilitado que está por seus defeitos, arrastado que é por seus vícios e perturbado que se acha por suas paixões desordenadas –, a não ser que, interiorizando-se, entrando em si mesmo, vá se aproximando cada vez mais de Deus, que está no íntimo de seu ser [4].

Para tanto, é necessário recorrer constantemente à oração, determinando-se a nunca abandoná-la, até que se atinja a meta [5]. A oração de que aqui se fala, contudo, não são essas manifestações exteriores e sentimentais, que se encontram muitas vezes nos chamados "grupos de oração", senão aquela que conduz a uma verdadeira reflexão:

"Pelo que posso entender, a porta para entrar nesse castelo é a oração e reflexão. Não digo oração mental mais do que vocal; para haver oração, é necessária a reflexão (consideración). Não chamo oração aquilo em que não se percebe com quem se fala e o que se pede, nem quem pede e a quem; por mais que se mexam os lábios, não se trata de oração." [6]
De morada em morada, então, a alma cristã vai progredindo na vida da santidade, saindo do amor servil – que se limita ao mero cumprimento dos Mandamentos –, passando pelo amor filial – característico das almas mais generosas –, até chegar, enfim, ao amor esponsal – quando criatura e Criador se unem tão intimamente, a ponto de ela ver-se transformada no objeto do seu amor [7]. Nessas moradas mais elevadas, a alma desposada por Cristo é capaz de repetir com São Paulo: "Não sou eu quem vivo, mas Cristo que vive em mim" (Gl 2, 20).

Essa doutrina católica a respeito da santidade mostra a essência da liberdade, pois, neste cume a que chegam alguns santos, eles, verdadeiramente livres, são incapazes de cometer a mínima ofensa contra Deus. Longe de ser um ideal inatingível nesta vida, porém, essa doutrina de perfeição é uma realidade possível e acessível a todos. Sejamos, pois, santos, assim como o nosso Pai o é (cf. 1 Pd 1, 16).

Referências

The Solid Declaration of the Formula of Concord, III, 22.
Castelo Interior, Primeiras Moradas, 1, 1.
Castelo Interior, Primeiras Moradas, 2, 1-3.
Cf. Santo Agostinho, Confissões, X, 27 (PL 32, 795).
Cf. Caminho de Perfeição, XXI, 2.
Cf. Castelo Interior, Primeiras Moradas, 1, 7.
Cf. Ricardo de S. Vítor, Comentário ao Cântico dos Cânticos, Prólogo (PL 196, 408).

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A criada devota das almas do purgatório




Diversos autores, entre eles Berlioux, no seu “Mês das Almas”, Mons. Louvet, no seu “Le Pur­gatoire”, narram este fato, que este último autor diz ter se dado em Paris e no ano de 1817.

Uma piedosa e humilde criada tinha o costume de todos os meses tirar do seu pobre ordenado uma espórtula para uma missa pelas almas do purgatório. Fazia todo sacrifício, mas não deixava de mandar celebrar cada mês a Missa da sua devoção. Ia assis­tir ao Santo Sacrifício com muito fervor e pedia pela alma que mais necessidade tivesse de uma Missa pa­ra entrar no céu.

Deus a provou com uma doença que a fez sofrer muito e ainda perder o emprego. No dia em que saiu do hospital, só tinha consigo a importância necessá­ria para a espórtula de uma Missa. Pôs toda con­fiança em Deus e andou à procura de um emprego. Em vão. Não o achava em parte alguma. Passou pela igreja de Santo Eustáquio e entrou. Lembrou- se logo de que naquele mês não pode mandar cele­brar a Santa Missa pelas almas. Tirou da bolsa o dinheiro e pensou consigo: Se agora mando celebrar a Missa, que mc restará hoje para comer? Que será de mim? Que importa! Deus há de ter pena de mim. E demais, as pobres almas sofrem mais do que eu.

Foi à sacristia e perguntou se era possível celebrar-se ainda uma Missa. Felizmente, lá eslava um sacerdote sem intenção de Missa para aquele dia. Deu-lhe a espórtula, pediu a Missa pelas almas, assis­tiu-a com todo fervor e se retirou da igreja absolu­tamente sem vintém e sem saber para onde ir.

Estava assim pensando na sua pobre vida quan­do um moço alto, muito pálido, se aproximou dela e disse:

—A senhora anda à procura de um emprego?

— Sim, meu senhor, e necessito muito uma co­locação hoje mesmo...

— Pois então vá à casa de Madame X, rua tal, número tal, e creio que ela vos receberá, porque vai precisar de uma empregada hoje.

A pobre criada tão satisfeita ficou, que nem agradeceu ao moço. Quando voltou para trás, nem o viu mais. Foi à procura do endereço e ao chegar à casa indicada deu de encontro com uma mulher que descia a escada furiosa e a gritar contra al­guém.

— É aqui que mora Madame X? Pergunta-lhe.

— Sei lá! Desta casa não quero ver nem a som­bra. Bata na porta. Não quero saber desta mulher. Adeus!”.

A criada bateu timidamente a campainha e es­perou. Apareceu-lhe uma senhora de certa idade e aspecto muito bondoso.

— Minha senhora, diz a criada, eu acabo de sa­ber esta manhã que a senhora estava precisando de uma empregada e, como estou sem colocação, aqui venho me apresentar, e me disseram que a senhora é muito bondosa e me havia de acolher muito bem...

— Minha filha, diz a velha, isto é extraordiná­rio! Pois esta manhã eu não disse isto a ninguém e faz apenas meia hora que eu expulsei de minha casa esta empregada insolente que me perdeu o respeito.

Só eu sei que tenho necessidade de uma empregada. Quem te disse isto?

— Encontrei um moço na rua e ele me deu o nome da senhora, rua e número da casa, e aqui cheguei.

A velha não podia compreender quem pudesse ser o tal moço que havia indicado a casa. Neste ínterim, a empregada levanta os olhos e vê na parede um retrato.

— É aquele moço, minha senhora, ele mesmo...

A pobre velha empalideceu.

— É meu filho, e meu filho morto!

A criada contou-lhe toda a sua devoção às santas almas, a Missa que havia mandado celebrar. A ve­lha tomou a pobrezinha num longo abraço e banhada em lágrimas lhe disse: Minha filha, este moço é meu filho já morto. Deveria estar no purgatório. Faleceu há dois anos. Tua Santa Missa o aliviou e libertou. Vamos, daqui por diante, orar juntas e não serás mi­nha criada, não, serás minha filha”.

Tomou a pobre criada abandonada e adotou-a como membro da família.

Eis como Nosso Senhor recompensa os corações generosos para com as santas almas.

Fonte: http://corecatholica.blogspot.com.br/2013/11/tenhamos-compaixao-das-pobres-almas-23.html.

Ele não pediu para ser desculpado, nem para lhe serem atenuadas as culpas, nem tampouco para ser libertado ou despregado do madeiro de suplício. Ele pediu apenas para ser perdoado. Ele fez penitência porque aceitou o seu holocausto, a sua cruz. Nós não temos também coutra maneira de nos transformarmos em pequenas hóstias, senão unindo-nos a Cristo na Santa Missa.




Chegamos agora ao Ofertório da Missa, pois Nosso Senhor oferece-Se ao Seu Pai Celestial. Para nos lembrar, porém, que não Se oferece sozinho, mas sim em união conosco, Ele junta à Sua oferta a alma do ladrão crucificado à Sua direita. Para que a Sua ignomínia fosse mais completa, num golpe de maldade suprema, crucificaram-nO entre dois ladrões.O Calvário e a Missa - 2ª Parte : O Ofertório


O Ofertório
"Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso". (Lc. 23,43)

Durante a Sua vida, Jesus andara entre os pecadores; foi, pois, entre eles que Lhe ergueram a Sua cruz. O Salvador modificou o quadro, e fez dos dois ladrões dois símbolos - a ovelha e o bode - representando assim aqueles que estarão à Sua direita e à Sua esquerda, quando Ele descer, por entre as nuvens do Céu, com a Sua Cruz triunfante, a julgar os vivos e os mortos.
Ambos os ladrões, a princípio, revoltaram-se e blasfemaram; mas um deles, aquele a quem a tradição chamou Dimas, voltou a sua cabeça para ler na face do Salvador crucificado a resignação e a dignidade.

Tal como um pedaço de carvão arremessado ao fogo se transforma numa brasa resplandecente, luminosa, também a alma escura daquele ladrão, arremessada às chamas da crucificação, se abrasou no amor do Coração Divino. Enquanto o ladrão da esquerda dizia: "Se és o Cristo, salva-Te e salva-nos", o ladrão arrependido censurava-o; "Não temes a Deus, visto que sofreste a mesma condenação. Nós padecemos justamente, ao passo que este homem nenhum mal praticou". Este mesmo ladrão proferiu então uma prece, não para solicitar um lugar nos céus, mas sim e apenas para não ser esquecido. "Lembra-Te de mim, quando estiveres no Teu reino".

Tal tristeza e fé não podiam ficar sem recompensa. Naquela ocasião, em que o poderio de Roma não consegiu que Jesus falasse, quando os Seus amigos julgavam que tudo estava perdido, e em que os Seus inimigos se julgavam vencedores, o Salvador quebrou o silêncio. Ele, o Crucificado, transformou-Se em Juiz; Ele, o Crucificado, transformou-Se no Divino Protetor de almas: "Eu te digo, hoje estarás comigo no Paraíso".

Por meio dessas palavras, Nosso Senhor, que estava a oferecer-Se a Seu Pai, como grande holocausto, juntava à Sua oferta, na patena da Cruz, a primeira hóstia humilde, jamais oferecida na Missa - a hóstia do ladrão arrependido; uma brasa tirada da fogueira; um feixe desprezado, esquecido pelos ceifeiros da terra; o grão moído da crucificação e transformado em pão pela Eucaristia.

O Salvador não sofre sozinho na Cruz, pois sofre conosco. E foi essa a razão  pela qual Ele uniu o sacrifício do ladrão ao Seu próprio sacrifício. É o que significam as palavras de São Paulo quando diz que devemos sofrer aquelas penas que são necessárias aos sofrimentos de Cristo. Isto não significa que Nosso Senhor não sofresse na Cruz tudo quanto pode sofrer, mas sim que o físico, o Cristo histórico padeceu tanto quanto cabia na Sua natureza humana, nem que o Cristo Místico, que é o Cristo e nós, não tenha sofrido pela nossa plenitude.

Nem todos os ladrões que existem na história do mundo reconheceram as suas culpas, nem tampouco pediram para ser lembrados. Nosso Senhor está agora no Céu e já não pode, portanto, sofrer na Sua natureza humana, mas pode padecer ainda mais nas nossas naturezas humanas e pede-nos que, à semelhança do bom ladrão, nos unamos a Ele na Cruz, para que, participando da Sua Crucificação, possamos participar da Sua Ressurreição e da Sua glória celestial.

Assim como, naquele dia, Deus Nosso Senhor escolheu o ladrão para representar a pequena hóstia do sacrifício, escolhe-nos hoje a nós que, assim, representamos outras tantas pequenas hóstias, unidas a Ele, na patena do Altar.

Recordemos a Missa, tal como era celebrada nos primeiros séculos da Igreja, antes que as civilizações tivessem modificado o mundo, sob os pontos de vista econômico e financeiro. Nesses tempos remotos cada qual levava para o Santo Sacrifício, em cada manhã, algum pão ázimo e algum vinho, dos quais o sacerdote tomava uma pequena parte. O restante era posto de lado, abençoado e distruído aos pobres. Nos nossos tempos não trazemos o pão nem vinho, mas trazemos o equivalente, isto é, com que os comprar- as moedas coletadas entre os fiéis durante o ofertório.

Qual a razão desta oferta?

É que o pão e o vinho são, entre as coisas de natureza, aquelas que melhor simbolizam a substância da vida. O trigo é a própria medula, a essência da terra, e o vinho das cepas é o seu próprio sangue. Ambos eles sustentam o nosso corpo e o nosso sangue.

A oferta destas duas substâncias que alimentam a nossa vida, simbolizam a oferta de nós mesmos no Sacrifício da Missa. A nossa presença está, sob as aparências de pão e de vinho - os símbolos do nosso corpo e do nosso sangue. Nós não somos apenas simples espectadores passivos, assistindo a um espetáculo teatral, pois também fazemos a nossa oferta, em união com Cristo.

Poder-se-ia representar o nosso papel neste drama, por meio da seguinte imagem: Uma grande cruz, na qual Jesus está pregado e, em torno do Calvário, uma multidão de pequenas cruzes, outras tantas hóstias, por meio das quais nos oferecemos em união com Ele, numa pura oblação ao Pai Celestial. Naquele momento cumprimos literalmente a ordem do Salvador: "Tomai a tua cruz diariamente e segue-Me".

Ao pronunciar estas palavras, Ele não nos pedia algo que Ele próprio já não tivesse feito. Não há, portanto, desculpa para dizer-mos: "Eu sou uma hóstia, um holocausto pobre, insignificante", pois também o ladrão o era. Repare-se que houve duas atitudes na alma daquele ladrão, e que ambas foram aceitas por Nosso Senhor. A primeira foi o reconhecimento do fato de que ele mereceu o que estava sofrendo, e que Jesus, que não tinha pecados, não merecera a Sua Cruz. A segunda foi a fé n'Aquele que os homens rejeitaram e que o ladrão reconheceu como sendo o Rei dos reis.

Quais as condições que nos transformam em pequeno holocausto no Sacrifício da Missa?
Como pode o nosso sacrifício unir-se ao de Cristo e ser aceito, como sucedeu com o ladrão?

Apenas reproduzindo nas nossas almas as duas atitudes que a alma do bom ladrão manifestou; penitência e fé. Antes de mais, façamos penitência, dizendo: "Eu mereço castigo pelos meus pecados. Preciso de fazer penitência". Quantos ignoram até que ponto têm sido cruéis e ingratos para com Deus! E, se assim é, não deveríamos queixar-nos das mágoas e reveses da vida. Nestas circunstâncias, as nossas consciências assemelham-se a quartos escuros, de onde a luz foi há muito tempo expulsa. Se corrermos as cortinas, verificaremos que tudo quanto julgávamos limpo está coberto de pó.

Algumas consciências estão de tal maneira integradas no hábito da desculpa, que dizem, orando, como o Fariseu: "Agradeço-Te, ó Deus, não ser como resto dos homens". Outros, blasfemam contra Deus e contra o Céu, à conta dos seus sofrimentos e pecados, mas não se arrependem.

A Guerra Mundial, por exemplo, representou uma expiação do mal e serviu para nos ensinar que não podemos viver no afastamento de Deus; mas o mundo não aprendeu a lição. Tal como o ladrão da esquerda, recusa-se à penitência, nega-se a ver qualquer relação de justiça entre o pecado e o sacrifício, entre a rebelião e a Cruz.

Quantos mais contritos formos, tanto menos esforços faremos para fugir à nossa cruz. Quanto mais reconhecermos o que somos, mais convictos diremos, como o bom ladrão: "Eu mereci esta cruz"

Se os nossos corações não estiverem despedaçados pela tristeza, se não reconhecermos que estamos realmente feridos, como poderemos sentir necessidade de ser consolados e curados? Se não tomarmos a nossa parte de dor na Crucificação, como poderemos pedir que os nosso pecados nos sejam perdoados?

A segunda condição que nos permite ser uma hóstia no ofertório da Missa, é a fé. O ladrão, olhando por sobre a cabeça de Jesus, leu a palavra rei. Estranho Rei aquele, que estava coroado de espinhos, e cuja púrpura real era o próprio sangue, tinha por trono uma cruz, por cortesãos os seus carrascos, e fora coroado na crucificação! A despeito de todos aqueles horrores, o ladrão viu o "ouro" e ergueu a sua voz, a sua prece, acima de todas as blasfêmias.

A sua fé era tão forte que ele aceitava, contente, a sua cruz. O ladrão crucificado à esquerda pedia para ser despregado; mas não o da direita, porque ele sabia que há males maiores do que a crucificação, e outra vida para além da cruz. Ele tinha fé no Homem da Cruz central, pois sabia que ele poderia, se quisesse, transformar os espinhos em grinaldas e os pregos em flores. Ele acreditava no Reino que fica para além da Cruz, e sabia que os sofrimentos deste mundo são insignificantes, comparados com as alegrias futuras.

Ele disse como o salmista: "Embora eu siga por entre as sombras da morte, não receio o mal, porque o Senhor está comigo". Tal fé assemelhava-se à dos três jovens na fornalha ardente, à qual o rei Nabucodonosor os condenara, por se terem recusado a adorar a estátua de ouro. A resposta dos mancebos foi esta: "Deves saber, ó rei, que o Deus a quem adoramos pode tirar-nos da fornalha de fogo ardente e livrar-nos das tuas mãos. E, se Ele o não fizer, fica tu sabendo, ó rei, que nós não honramos os teus deuses, nem adoramos a estátua de ouro que erigiste".

E, depois de dizerem isto, eles entregaram-se nas mãos de Deus e confiaram n'Ele como Jó. Também o bom ladrão sabia que Nosso Senhor podia libertá-lo, mas não Lhe pediu que o retirasse da cruz, pois também Jesus não Se retirava a Si próprio, embora os Seus carrascos escarninhos O desafiassem a isso.

Isto não queria dizer que o bom ladrão não amasse a vida, porque ele amava-a como todos nós a amamos. Ele desejava a vida, mais a vida eterna que, finalmente, obteve. Também é dado a cada um de nós descobrir essa Vida, mas só entraremos nela por meio da penitência e da fé que nos une à Grande Hóstia - ao Sacerdote e Vítima que é Cristo. Desta maneira nos transformaremos em ladrões espirituais, para, mais uma vez, nos apoderarmos do Céu.

(O Calvário e a Missa - Arcebispo Fulton J. Sheen - 2ª Parte)

fonte: http://a-grande-guerra.blogspot.com.br/

Quinta-feira da 30.ª Semana Comum (I) - As asas da Cruz


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc
13, 31-35)
Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: "Tu deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar". Jesus disse: "Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho. Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém.

Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintinhos debaixo das asas, mas tu não quiseste! Eis que vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo: não me vereis mais, até que chegue o tempo em que vós mesmos direis: Bendito aquele que vem em nome do Senhor".
É diante de Sua morte e do mistério de Sua paixão salvífica que Jesus hoje nos coloca. Os fariseus vão até ao Senhor e O mandam sair da cidade, pois o rei Herodes pretendia matá-lO. Jesus, porém, comparando o tetrarca a uma raposa, bicho astuto e desprezível, lhes responde sem titubear; venha de onde vier, nenhuma ameaça poderá dissuadi-lO de cumprir a vontade do Pai: aceitar, em Jerusalém, a morte, e morte de cruz. Há, portanto, um projeto, um desígnio de Deus que será realizado quer queiramos, quer não. O Mestre, contudo, não apenas prediz em tom claramente profético a Sua entrega às mãos dos homens, mas também Se lamenta sobre o destino daquela santa cidade, que, embora escolhida para abrigar o templo do Altíssimo, será palco dos flagelos e das dores sob as quais perecerá o Filho do Homem.
De fato, parece pairar sobre Jerusalém uma sina: a de rejeitar e assassinar todos os profetas que lhes são enviados. E no entanto Cristo sempre a tratou com todo o carinho, com todo o desvelo, com todo o coração. Serve-Se inclusive de uma imagem bastante maternal, que expressa em cores fortes e vivas o amor entranhado e persistente com que Ele sempre amou o rebanho confiado aos Seus cuidados: quisera o Senhor reunir os seus filhos, como a galinha reúne os pintinhos debaixo das asas. Como a galinha que aquece e protege seus pintainhos, assim também Jesus quer acolher o homem para aquecê-lo, para dar-lhe vida. E quer dá-la esquecendo-Se de Si mesmo, entregando a própria vida. O Evangelho de hoje, nesse sentido, nos revela que o Cristo nos dá a vida não apenas perdendo a Sua, mas também a transmitindo a nós, "aquecendo-nos" com ela. Jesus abre as Suas asas na Cruz e deseja, ali mesmo, abarcar a humanidade inteira a fim de nos comunicar uma vida que não acaba, uma calor que não se esfria.
Em toda Santa Missa, em todo sofrimento, em toda contrariedade Ele Se faz presente e, abrindo Suas asas, deseja que correspondamos a este gesto de amor e O abracemos. Pois é aos pés da Cruz, junto ao madeiro por que o Senhor da vida venceu a morte, que está o nosso lugar, que está o nosso aconchego. É sob o abraço de Jesus crucificado que somos aquecidos com o calor da vida da graça. Que Ele nos ajude, pois, a corresponder a este amor que se doa absolutamente, não como os fariseus, não como Herodes, nem como a ingrata Jerusalém, mas como aquele cujo peito clama: "Bendito o que vem em nome do Senhor!"

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Cada palavra é uma parte da Missa.


A primeira, "Perdoai-lhes", representa o Confiteor; a segunda, "Hoje estarás comigo no paraíso", é o Ofertório; a terceira, "Mulher, eis aqui o teu filho", é o Sanctus; a quarta, "Por que me abandonaste?", é a Consagração; a quinta. "Tenho Sede", é a Santa Comunhão; a sexta, "Tudo está consumado", é o "Ite missa est"; a sétima, "Pai, nas Vossas mãos entrego o Meu espírito", é o Último Evangelho... [continuar aqui](O Calvário e a Missa- Arcebispo Fulton J.Sheen) 
_________________________________________
Confissão (1ª Parte)
“Pai, perdoai-lhes, porque eles não sabem o que fazem”. (Lc 23,34)

A Missa principia com a confissão. A confissão é uma prece na qual confessamos os nossos pecados e pedimos à Nossa Mãe Santíssima e aos Santos para que intercedam junto de Deus pelo nosso perdão, pois apenas os limpos de coração poderão ver a Deus. Nosso Senhor inicia também a Sua Missa com a Confissão, embora ela seja diferente da nossa neste ponto: Ele é Deus e, portanto, sem pecado. “Qual de vós me arguirá de pecado?” A sua Confissão não pode, portanto, ser uma prece pelo perdão dos Seus pecados, mas sim uma oração pelo perdão dos nossos pecados.

Outros teriam gritado, amaldiçoado, ter-se-iam contorcido, quando os cravos atravessaram os Seus pés e as Suas mãos. Nem a revolta nem a vingança encontram, porém, lugar no peito do Salvador; os Seus lábios não proferem uma única exclamação de represália contra os Seus algozes, nem sequer murmuram uma prece para obter mais forças que Lhe ajudem a suportar as Suas dores.

O Amor Incarnado esquece a angústia e, naquele momento da agonia concentrada, revela algo na altura, da profundidade e inspiração do maravilhoso amor de Deus, quando Jesus pronuncia a sua Confissão: “Pai, perdoai-lhes, porque eles não sabem o que fazem”.

Ele não disse “Perdoa-Me”, mas sim “perdoai-lhes”. O momento da morte era, certamente, o mais adequado para provocar a confissão do pecado, porquanto a consciência, na solenidade das últimas horas, afirma a sua autoridade. Nem sequer esboço de contrição se escapou dos Seus lábios. Jesus associou-Se aos pecadores, mas nunca Se associou ao pecado. 
Tanto na morte como na vida, Ele nunca teve a consciência de ter descurado um único dever para com Seu Pai Celestial. E porque? Porque um homem imaculado, absolutamente isento de culpa, é algo mais que um homem – é Deus. E é nisso que reside a diferença.

Nós vamos buscar as nossas orações às profundidades da nossa consciência do pecado: a própria palavra “perdoa”, prova que Ele é o Filho de Deus. Repare-se nos termos em que Jesus pediu a Seu Pai que nos perdoasse - “Pai, perdoai-lhes, porque eles não sabem o que fazem”.
Quando alguém nos ofende ou censura sem razão, nós comentamos amargamente a falta de conhecimento de quem assim procede. Quando, porém, nós pecamos contra Deus, Ele encontra uma desculpa para perdoar – a nossa ignorância.

Não há redenção para os anjos caídos. As gotas de sangue que caem da Cruz, na Missa de Sexta-Feira Santa de Cristo, não tombam sobre as suas cabeças. E porque? Porque eles sabiam o que faziam. Eles previam as conseqüências dos seus atos, tão claramente como nós vemos que dois mais dois são quatro, e que uma coisa não pode existir e deixar de existir, ao mesmo tempo. Verdades desta natureza, uma vez compreendidas, não podem ser refutadas, pois são irrevogáveis e eternas.

Foi essa razão pela qual, quando os anjos decidiram revoltar-se contra o Altíssimo, não puderam voltar atrás com a sua decisão. Eles sabiam o que estavam a fazer!

Conosco, no entanto, é diferente. Nós não vemos as conseqüências dos nossos atos com a mesma clareza, porque somos mais ignorantes que os anjos. Se, contudo, soubéssemos que cada pecado de orgulho tece uma coroa de espinhos para a fronte de Jesus; se soubéssemos que cada transgressão dos Seus Divinos Mandamentos é a negação da própria Cruz; se soubéssemos que os atos da avareza e soberba correspondem aos cravos que trespassam as mãos e pés de Jesus; se, conhecendo a bondade de Deus, continuássemos a pecar, nunca teríamos sido salvos.
É apenas a nossa ignorância do infinito amor do Sagrado Coração que nos abrange na prece da Sua Confissão, pronunciada do alto da Cruz: “Pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem.”

Estas palavras devem ser gravadas no íntimo das nossas almas, e não constituírem desculpa para a nossa reincidência no pecado, mas serem, antes, um motivo de contrição e penitência. O perdão não é uma negação do pecado. Nosso Senhor não nega o horrível fato do pecado, e é precisamente neste ponto que o mundo erra, pois considera-o como que um retrocesso ao processo evolucionário, uma sobrevivência de influências do passado e identifica-o com a verbosidade psicológica. Numa palavra, o mundo moderno nega o pecado.

Nosso Senhor lembra-nos que ele é a mais terrível de todas as realidades. Sendo assim, porque, é, porém, que Ele deu uma cruz àqueles que não pecam? Porque é que deixou derramar sangue inocente? Porque é que estão ligados ao pecado, sentimentos horríveis, como a cegueira moral, a covardia, o ódio e a crueldade? Porque é que Ele saiu do reino do imaterial, revestiu a forma material, e permitiu que a Inocência fosse crucificada num madeiro?

Jesus, que amou os homens até a ponto de morrer por eles, permitiu que o pecado exercesse a sua vingança sobre Ele, para mostrar todo o horror representado pela crucifixão de Aquele que mais amava. Aqui, não há, portanto, negação do pecado; a despeito de toda a monstruosidade que ele representa, a Vítima perdoa. A morte de Jesus revela a suprema depravação do pecado, mas tem também a marca de perdão divino. Sendo assim, não há homem que, olhando para um crucifixo, possa afirmar que o pecado não uma coisa grave, nem também possa asseverar que ele não tem perdão.

Pela maneira como sofreu, Jesus revelou a realidade do pecado. Pela maneira como suportou os seus tormentos, Ele revela a Sua compaixão pelo pecador. Ele é a Vítima que sofreu e perdoa. Assim na Vítima, tão humanamente bela, tão divinamente adorável, qualquer de nós pode recordar um Grande Crime e um Grande Perdão. Sob o escudo, que é o sangue de Cristo, podem abrigar-se os maiores pecadores, pois esse sangue tem o poder de sustar as marés da vingança que ameaçam submergir o mundo.

fonte: www.http://a-grande-guerra.blogspot.com.br

Terça-feira da 30.ª Semana Comum - Crescer de fé em fé


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 13, 18-21)
Naquele tempo, Jesus dizia: "A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos". Jesus disse ainda: "Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus? Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado".
O Evangelho de hoje nos apresenta duas parábolas sobre o Reino de Deus, que Cristo compara aqui ao grão de mostarda, a menor das sementes, e ao fermento, cujo efeito é fazer crescer a massa do pão. Ora, apesar de diferentes, essas duas realidades, se bem consideradas, têm em comum o fato de nelas haver uma certa dinâmica, uma certa tendência ao crescimento, ao desabrochar. Sabemos, por outras passagens (cf. Lc 17, 6), que Jesus se refere neste Evangelho especialmente à , identificada com o Reino de Deus. É São Paulo, contudo, quem, logo no início de sua Epístola aos Romanos, traduz de forma incisiva seja a necessidade de crescermos na virtude da fé, seja a dinamicidade da Palavra de Jesus Cristo: "Com efeito", escreve, "não me envergonho do Evangelho, pois ele é um força vinda de Deus [δύναμις γὰρ θεοῦ] para a salvação de todo o que crê". O Evangelho, portanto, e a fé que ele nos inspira são uma força salvífica que age em nós, que nos leva a Deus e nos une ao Cristo.
Mas essa força tem de ser alimentada, tem de ser cultivada como um grãozinho de mostarda, como o fermento que vai aos poucos inchando a massa em que se encontra. É ainda São Paulo quem nos esclarece a este respeito: "a justiça de Deus", revelada no Evangelho de Nosso Senhor, "se obtém pela fé e conduz à fé [ἐκ πίστεως εἰς πίστιν]", ou seja, deve crescer de fé em fé, de amor e amor, numa marcha progressiva e ascendente de união com Deus. A fé, crescendo vagarosamente como uma sementinha, deve também levedar o nosso coração, deve transformá-lo numa fornalha ardente e cheia de energia para amar. Peçamos a Deus que nos conceda a graça de crescermos todos os dias na fé com que Ele mesmo, segundo o Seu beneplácito, nos presenteou. Que essa fé, crescendo em nosso peito "a caminho de Emaús", faça o nosso coração abrasar-se de amor por Jesus Cristo (cf. Lc 24, 32), que é o verdadeiro fermento de nossas vidas.

Explicação do Ângelus

O Anjo anuncia a Maria a Encarnação do Verbo: é a origem do ângelus. Córdoba, Espanha




A oração do Ângelus é uma meditação a respeito do Natal, feita através de três pontos essenciais, com muita brevidade. Ela é eminentemente lógica e bem construída.

Porém, em todas as coisas da Igreja, por cima de uma estrutura lógica e coerente, resplandece um universo de imponderáveis de unção e sacralidade que é uma verdadeira beleza, e que formam um todo com essa estrutura lógica e racional.

Vejamos como é a História do Natal no Ângelus:

1º ponto: O Anjo do senhor anunciou a Maria, e Ela concebeu do Espírito Santo;

2º ponto: Eis aqui a Escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Sua vontade;

3º ponto: O Verbo Divino se encarnou e habitou entre nós.

A Anunciação "e o Anjo anunciou a Maria".
Ambrogio Lorenzetti (c. 1290 – 1348), Pinacoteca Nazionale de Siena, Itália.
São três aspectos do Natal. O primeiro glorifica a mensagem angélica. O segundo, a atitude de Nossa Senhora de inteira obediência a essa mensagem.

O terceiro glorifica o fato do Verbo não só se ter encarnado, mas ter habitado entre nós.

Nesses três pontos está condensada toda a História do Natal de uma forma tão sintética, breve, lógica e densa, que não se devia acrescentar nada.

Cada ponto é seguido da recitação de uma Ave-Maria, que é uma glorificação de Nossa Senhora, por esse aspecto daquela verdade que o anjo anunciava.

Esse é o maior fato da História da humanidade, e a maior honra para o gênero humano é o Verbo se ter encarnado e habitado entre nós.

Por isso, se tornou hábito na piedade católica, pela aurora, ao meio-dia e depois, pelo crepúsculo, recitar o Ângelus.

Nas três etapas principais do dia, repetir essas verdades e louvar Nossa Senhora a respeito dessas verdades, e pedindo-lhe graças a propósito dessas verdades.

Como fica bonito o Ângelus rezado pela manhã, no meio-dia e no fim do trabalho às 6 horas da tarde!

São Gabriel, o Anjo da Anunciação. Gérard David (c. 1460 — 1523).
Metropolitan Museum of Art New York
Tem-se a impressão de um vitral que vai mudando de colorido, o Angelus também vai mudando de matizes: como é diferente entre o Ângelus rezado ao meio-dia, quando o ritmo de trabalho é intenso, e o Ângelus rezado no crepúsculo, quando tudo se reveste de uma suavidade, de uma espécie de começo de recolhimento.

A Igreja criou essa jóia, que é o Angelus, e a promove nas várias horas do dia, para tirar dela toda a beleza.

As coisas católicas são todas construídas na Fé com uma espécie de instinto do Espírito Santo para se fazer bem feitas. Nelas se encontra um mundo de harmonias.

No Ângelus há a harmonia admirável entre a maior clemência, simplicidade, profundeza de conceitos, e uma beleza indefinível que tem enfeites poéticos, literários, que não entra em choque com a Fé, mas, pelo contrário, são um complemento dela.

Imaginem que o Ângelus tivesse sido encomendado por um ministro ou presidente da República: decreto nº X mil e tanto: componha-se uma oração para ser recitada de manhã, ao meio-dia e à tarde de todos os dias, todos os anos, todos os séculos. Viria uma oraçãozinha relâmpago, com uma bobagem qualquer, vazia, seca. Poderia aparecer tudo, mas não apareceria o Ângelus.

Exatamente falta ao homem de hoje essa plenitude de espírito por onde as coisas se ordenam na linha da lógica, da coerência, da beleza com tanta naturalidade que a gente nem percebe o que está por detrás disso de bem pensado, de bem sentido, de bem realizado, de bem rezado e, sobretudo, de bem acreditado.

Cântico de Vésperas, convento dominicano de Blackfriars, Oxford.
Procuremos, então, o espírito da Igreja Católica em todas as coisas da vida. Dos bons tempos da Igreja, da tradição da Igreja.

E sujeitando tais coisas a uma análise racional, saem sóis de dentro, saem belezas umas depois das outras, que é, exatamente, a riqueza inexaurível do espírito católico.

Então, qualquer coisa simples se mostra uma verdadeira maravilha.

O Ângelus rezado pelo camponês, pelo padre, pelo cruzado, pelo guerreiro da Reconquista da Espanha, pelo trapista: cada um dá um dos mil coloridos de um vitral. É tão simples, tão fácil, tão normal que, por isso mesmo, é uma verdadeira joia.

Isso nos deve levar a ser cada vez mais devotos do Ângelus, não o omitindo em nenhuma ocasião, lembrá-lo em nossa oração matinal, lembrando de tudo quanto existe no Ângelus.

Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, 1º/3/1965, texto sem revisão do autor

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Segunda-feira da 30.ª Semana Comum (I) - “Meu Pai trabalha sempre”


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc
13, 10-17)
Naquele tempo: Jesus estava ensinando numa sinagoga, em dia de sábado. Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e incapaz de se endireitar. Vendo-a, Jesus chamou-a e lhe disse: "Mulher, estás livre da tua doença." Jesus colocou as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou, e começou a louvar a Deus. O chefe da sinagoga ficou furioso, porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado. E, tomando a palavra, começou a dizer à multidão: "Existem seis dias para trabalhar. Vinde, então, nesses dias para serdes curados, mas não em dia de sábado." O Senhor lhe respondeu: "Hipócritas! Cada um de vós não solta do curral o boi ou o jumento, para dar-lhe de beber, mesmo que seja dia de sábado? Esta filha de Abraão, que Satanás amarrou durante dezoito anos, não deveria ser libertada dessa prisão, em dia de sábado?" Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que ele fazia.
O Evangelho de hoje como que nos introduz na sinagoga em que se instalou mais uma polêmica entre Nosso Senhor e os hipócritas do época. Era dia de sábado e, como prescrevia a Lei, os judeus tinham de abster-se de toda forma de trabalho, assim como Deus, no sétimo dia, descansara de Sua criação (cf. Gn 2, 2). Jesus, porém, vendo ali uma mulher "encurvada e incapaz de se endireitar" havia já dezoito anos, impõe-lhe as mãos e a cura naquele instante mesmo. As autoridades judaicas, portanto, irritam-se com Ele, que em mais de uma passagem parece insistir em realizar essas obras em dia de sábado. Mas o que Cristo nos revela hoje é que Deus nunca cessa de realizar as obras da Graça. Por isso, o Senhor, após ter curado milagrosamente um paralítico em dia de descanso, irá dizer: "Meu Pai continua agindo até agora, e eu ajo também" (Jo 5, 17).
A leitura desta 2.ª-feira nos mostra Jesus Cristo, Verbo feito carne, enquanto instrumento de que o Pai Se serve para nos desencurvar, para nos endireitar, para fazer nossa cabeça erguer-se em direção ao Céu. A santíssima humanidade de Nosso Senhor, Seu corpo e alma imaculados, são o meio por que o Pai quis e ainda quer realizar a obra da nossa salvação e santificação. É esta humanidade, unida ao Verbo divino, que se tornou para nós a fonte de toda graça e de toda bênção. E é justamente por meio dos sacramentos que esta Pessoa, Deus e homem, ainda hoje vem ao nosso encontro para nos tocar a carne, para nos endireitar e curar. Correspondamos com maior fervor a esse desejo de Jesus por trabalhar sempre, todos os dias, a nosso favor. Recorramos também com mais frequência e piedade aos sacramentos, sobretudo à Eucaristia e à Penitência. Deixemos, pois, que Cristo imponha sobre nós as Suas santas mãos e toque as chagas de nossa alma, para que enfim sejamos curados e, livres do peso do pecado, possamos elevar nossos corações sempre mais alto.

sábado, 24 de outubro de 2015

30.º Domingo do Tempo Comum - Deixando as obras da carne



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 
10, 46-52)
Naquele tempo, Jesus saiu de Jericó, junto com seus discípulos e uma grande multidão. O filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira do caminho. Quando ouviu dizer que Jesus, o Nazareno, estava passando, começou a gritar: "Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!"

Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava mais ainda: "Filho de Davi, tem piedade de mim!"

Então Jesus parou e disse: "Chamai-o". Eles o chamaram e disseram: "Coragem, levanta-te, Jesus te chama!"

O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus. Então Jesus lhe perguntou: "O que queres que eu te faça?" O cego respondeu: "Mestre, que eu veja!"

Jesus disse: "Vai, a tua fé te curou". No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho.
*
"Jesus saiu de Jericó" (v. 46) e começou a subida à Jerusalém, para ser crucificado. A esse respeito, comenta São Jerônimo: "O nome da cidade de Jericó corresponde à paixão do Senhor que se aproxima. Esse nome significa, de fato, lua ou anátema, indicando que o fracasso da carne de Cristo é preparação para a Jerusalém celeste" [1]. Para nós, a saída de Jericó também adquire um sentido moral, pois aponta para a íngreme subida que todos têm que trilhar para deixar a vida de "anátema" na carne e no pecado.
"Quando ouviu dizer que Jesus, o Nazareno, estava passando..." (v. 47). Primeiro, então, Bartimeu "ouve dizer". Nele, de fato, assim como em todos os que começam a crer, a audição precede a fé –fides ex auditu (Rm 10, 17). O que acontece, porém, é que a palavra que os ouvidos escutam (revelação externa) junta-se a uma outra, que já toca todos os corações humanos desde dentro (revelação interna), de modo que, quando alguém acolhe a pregação do Evangelho, é como se recebesse aquilo por que já esperava silenciosamente durante toda a sua vida. Quando essas duas revelações entram em sintonia, quando o ser humano, assistido pela graça de Deus, dá com a sua vontade o passo da fé, a primeira coisa a fazer é rezar, ainda que rude e simploriamente, como fez o cego Bartimeu: "Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!" (v. 47).
Quando Nosso Senhor o chamou, diz o Evangelho, "o cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus" (v. 50). Essa atitude alude a um dos primeiros efeitos da virtude da fé, que é a purificação do coração – de que fala não só Santo Tomás de Aquino [2], mas o próprio Cristo, no Sermão da Montanha (cf. Mt 5, 8). O manto aqui jogado por Bartimeu consiste, portanto, nos vícios da carne, que cegam a mente e embotam o sentido, como ensina o mesmo Aquinate:
"Os vícios carnais, isto é, a gula e a luxúria, consistem nos prazeres do tato, isto é, nos da mesa e dos atos sexuais; estes são os prazeres mais violentos entre todos os prazeres do corpo. Por isso, por esses vícios, a intenção do homem aplica-se principalmente às coisas corporais e consequentemente sua atividade intelectual se debilita, mais pela luxúria do que pela gula, pois os prazeres sexuais são mais veementes do que os da mesa. Portanto, da luxúria nasce a cegueira da mente que exclui quase totalmente o conhecimento dos bens espirituais; e da gula nasce o embotamento do sentido, que torna o homem débil com respeito às realidades inteligíveis. Ao contrário, as virtudes opostas, isto é, a abstinência e a castidade, dispõem muito bem o homem para a perfeição da atividade intelectual, de onde a palavra de Dn 1, 17: 'Deus deu a estes meninos – isto é, aos que particam a abstinência e a castidade – a ciência e conhecimentos de todas as letras e da sabedoria'." [3]
Quando se fala de pureza, porém, é preciso considerar a radicalidade do que ensina Jesus: "Todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possui-la, já cometeu adultério com ela em seu coração" (Mt 5, 28). Como ensina a moral tradicional da Igreja, não há parvidade de matéria no que diz respeito ao sexto mandamento [4]. Também os pecados aparentemente pequenos são graves e precisam ser extirpados através de um combate ferrenho e perseverante: não deve haver trégua para o mínimo pensamento impuro ou olhar curioso. Sem essa luta interior e exterior, sem esse "jogar o manto", torna-se praticamente impossível dar o pulo de Bartimeu e correr em direção a Cristo.
"Então Jesus lhe perguntou: 'O que queres que eu te faça?' O cego respondeu: 'Mestre, que eu veja!'" (v. 51). Domine, ut videam!: o pedido de Bartimeu é o mesmo pedido que fazia São Josemaría Escrivá, em seus anos de seminário, antes de fundar o Opus Dei. Trata-se de uma oração importante para crescer na vida interior, cujo cume consiste justamente em ver, em conhecer a Deus pela fé. Nesse processo, é possível distinguir alguns graus:
  1. primeiro, vem o sensível – quando a alma ainda está apegada a certas consolações interiores;
  2. depois, começa a usar-se com mais frequência os sentidos internos, i.e., a imaginação e a memória;
  3. mais adiante, reina a vontade de fazer o que Deus quer, mesmo à custa de contrariedades (que foi o que fez Bartimeu, seguindo Jesus pelo caminho, depois da cura);
  4. por fim, chega-se ao degrau da inteligência, no qual a alma passa a viver puramente de fé – e desabrocha nela, de modo maravilhoso, o dom do entendimento.
Nessa caminhada, é importante atentar para o fato de que uma etapa não necessariamente exclui a anterior. Afinal, Deus deu-nos a sensibilidade, bem como a fantasia, para que O servíssemos também com essas potências. O que não se pode fazer é ficar preso aos estágios inferiores, quando Deus nos chama a ir para águas mais profundas (cf. Lc 5, 4).
Que o itinerário de conversão do cego do Evangelho, portanto, seja também o nosso: primeiro, acolhamos a Palavra; depois, deixemos as obras da carne; e, por fim, cresçamos na fé, até atingirmos a estatura de Cristo (cf. Ef 4, 13).

Referências

  1. Catena Aurea in Marcum, 10, 8.
  2. Cf. Suma Teológica, II-II, q. 7, a. 2.
  3. Suma Teológica, II-II, q. 15, a. 3.
  4. Cf., v.g., MARIN, Antonio Royo. Teología moral para Seglares. Biblioteca de Autores Cristianos: Madrid, 2012, p. 529s

O Calvário e a Missa


O púlpito, onde as palavras de Jesus são repetidas, não nos une a Ele; o coro, no qual os suaves sentimentos são cantados, não nos aproxima tanto da Sua Cruz. Um templo sem altar de sacrifício não existiu entre os próprios povos primitivos, e nada significa entre os cristãosNa Igreja Católica é, pois, o altar, e não o púlpito, ou o coro, ou o órgão, que representa o centro de amizade, pois é ali que se renova a memória da Paixão.
... A Missa é o maior acontecimento da história da humanidade: o único Ato sagrado que afasta a ira de Deus de um mundo pecador, porque eleva a Cruz entre a terra e o Céu, renovando assim aquele decisivo momento em que a nossa triste e trágica humanidade viu desenrolar-se na sua frente o caminho para a plenitude da vida sobrenatural.

... Não é possível fugirmos à cruz, a não ser que façamos o que fizeram os Fariseus ou vendendo Cristo, como o fez Judas, ou crucificando-O, tal como fizeram os seus carrascos. Todos nós vemos a Cruz, quer para abraçá-la, para nos salvarmos, quer fugindo dela, para nos perdermos.

Como é, porém, que a cruz se torne visível?
Como se perpetuou e renovou o cenário do Calvário?

No Santo Sacrifício da Missa, porque, quer no Calvário, quer durante o Santo Sacrifício, o Sacerdote e a Vítima são os mesmos. As sete palavras derradeiras são idênticas às sete partes da Missa. Assim como as sete notas musicais comportam uma infinita variedade de harmonias e combinações, também na Cruz há sete notas divinas que o Cristo moribundo fez soar através dos séculos e que, no seu conjunto, constituem a sublime melodia da Redenção do mundo.

Cada palavra é uma parte da Missa.

A primeira, "Perdoai-lhes", representa o Confiteor; a segunda, "Hoje estarás comigo no paraíso", é o Ofertório; a terceira, "Mulher, eis aqui o teu filho", é o Sanctus; a quarta, "Por que me abandonaste?", é a Consagração; a quinta. "Tenho Sede", é a Santa Comunhão; a sexta, "Tudo está consumado", é o "Ite missa est"; a sétima, "Pai, nas Vossas mãos entrego o Meu espírito", é o Último Evangelho.

Representai, pois, na vossa idéia, o Sumo Sacerdote, Cristo, saindo da sacristia do Céu para o altar do Calvário. Ele já se revestiu da nossa natureza humana, colocou no braço o manípulo do nosso sofrimento, a estola do sacerdote, a casula da Cruz. O Calvário é a Sua Catedral; a rocha do Calvário é a pedra do altar; o rubor do sol poente a lâmpada do Santuário; Maria e João são as imagens vivas dos altares laterais; a Hóstia é o Corpo de Jesus; o vinho o Seu sangue. Ele está de pé, como sacerdote, e prostrado, como vítima.

A Sua Missa vai começar.

(O Calvário e a Missa - Arcebispo Fulton J.Sheen)

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

filtro-dos-sonhos1
Nos últimos anos tenho percebido um crescimento fenomenal de um pequeno objeto que as pessoas normalmente prendem no retrovisor do carro, na porta do quarto ou na cabeceira da cama. Trata-se do chamado Filtro dos Sonhos.

 Na maioria dos casos esse objeto tomou o lugar que antes era destinado a objetos religiosos, como o Santo Terço, a Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo e Imagens de Santos. 

Antes de abordar o gravíssimo erro que cometem aqueles que usam de tal amuleto em substituição a devoções inspiradas por Deus, vamos entender o que é esse tal objeto, bem como sua origem, significado e objetivo.
O QUE É O FILTRO DOS SONHOS
Esse objeto que vem sendo amplamente divulgado entre artistas e a mídia em geral, trata-se de uma amuleto que tem como origem a cultura indígena (Ojibwe)  dos Estados Unidos da América.
SIGNIFICADO DO FILTRO DOS SONHOS
O povo pagão acredita que esse objeto, constituído de uma pena, mais fios que formam uma teia (estilo teia de aranha), tem o poder de “purificar as energias”, separando os “sonhos negativos” dos “sonhos positivos”.
filtro-dos-sonhos-significado-e-como-fazer-8
COMPOSIÇÃO DO FILTRO DOS SONHOS
Para evitar qualquer tipo de erro, até porque nunca cheguei perto de tal objeto, vou usar uma definição encontrada na internet para entendermos como é feito tal objeto:
O filtro dos sonhos consiste em um círculo, tradicionalmente feito com fibras de um salgueiro-chorão e revestido com tiras de couro, ao qual são amarrados vários fios, formando uma espécie de teia de aranha com uma abertura circular no centro. Uma pena de ave (preferencialmente de coruja, por significar “sabedoria”) é colocada debaixo da teia, assim como outras penas e adereços. A pena simboliza a respiração e o ar, elemento essencial para a vida. (Fonte da Pesquisa: www.significados.com.br
PORQUE UM CATÓLICO NÃO DEVE UTILIZAR O FILTRO DOS SONHOS?
Jesus_Cross890C (1)
Como bem sabemos (ou deveríamos saber 😀 ) toda e qualquer forma de devoção a amuletos e tradições pagãs são expressamente proibidos pela Santa Igreja que para isso se baseia no que encontramos nas Sagradas Letras e Tradição Apostólica.
Para entender o quão prejudicial esse pequeno objeto pagão é para a vida de um Católico que o utiliza basta fazermos um pequeno exercício de lógica. Como eu disse acima o Filtro dos Sonhos tomou o lugar que antes era destinado à Imagens Sacras, Terços, Cruzes e outros objetos de devoção autenticamente Católicas.
Bem sabemos o valor infinito que se tem quando colocamos em nossa porta uma cruz, indicando que ali mora um Católico. Também é louvável quando entramos em uma casa e lá vemos uma belíssima imagem de Nossa Senhora, mostrando que a Santa Mãe de Deus é intercessora daquela família.
Agora, se pegarmos esse objeto pagão, que tem em seu sentido nada mais que pura superstição, veremos que não existe nenhum sentindo palpável para estar ali e que leva aos corações um tremendo vazio que por nada poderá ser preenchido a não ser pelo próprio amor Deus que tal pessoa tem rejeitado e tentado substituir por tal devoção pagã.
como-ser-um-bom-catolico
O que quero mostrar através destas poucas linhas é que os Católicos tem se deixado levar por vãs superstições, que estão substituindo os itens fundamentados da nossa fé por meras lendas sem fundamento e nem sentido.
Se você chegou a essa página com a intenção de comprar, ou aprender a fazer o Filtro dos Sonhos, peço encarecidamente que reflita se ele é mais importante que a sua fé. Será que vale a pena trocar o tesouro da fé Católica por um objeto de cultura pagã?  Acredita que esse objeto tem mais poder do que o Santo Rosário e as promessas que nos faz Nossa Senhora?
Veja abaixo as promessas de Nossa Senhora para quem tiver a devoção ao Santo Rosário:
1. Quem me servir constantemente rezando o Rosário, receberá uma graça especial;
2. Aos que rezarem devotamente o Rosário prometo minha especialíssima proteção e graça;
3. Será arma poderosíssima contra o inferno, destruirá os vícios, os pecados e abaterá as heresias;
4. O Rosário fará florescer as virtudes e as boas obras, atrairá as almas copiosas bênçãos de Deus, e substituirá o amor pelas coisas terrenas e mundanas pelo amor de Deus;
5. A alma que por meio do Rosário recorrer a mim não perecerá;
6. Todo aquele que rezar devotamente o Rosário contemplando os mistérios, não será oprimido pelas desgraças, não será castigado pelas justiças de Deus e não morrerá de morte repentina, mas se converterá se for pecador, se conservará na graça se for justo e se fará digno da vida eterna;
7. Os verdadeiros devotos do meu Rosário não morrerão sem antes receber os sacramentos;
8. Os que rezarem meu Rosário terão em vida na morte e na luz e a plenitude da graça, serão admitidos à participação dos méritos dos santos;
panna-maria-pompejska
9. Os devotos do meu Rosário que forem para o purgatório, Eu os libertarei no mesmo dia;
10. Eles terão grande Glória no céu;
11. Tudo o que for pedido pelo Rosário será concedido;
12. Os que propagarem o meu Rosário, serão por mim socorrido em todas as necessidades;
13. Eu alcançarei de Meu Filho que todos os devotos do Rosário tenham por irmãos toda a corte celeste em vida e na morte;
14. Todos os que recitam o meu Rosário são meus filhos e irmãos de Jesus Cristo, meu Unigênito;
15. A devoção de meu Rosário, é um grande sinal de salvação.
Finalizo este artigo pedindo encarecidamente que o compartilhe e alerte todos os seus amigos que usam deste objeto no carro, casa, e até no berço de recém nascidos!
 | Categoria: Pró-Vida

URGENTÍSSIMO! Apoie o Projeto de Lei para barrar a Cultura da Morte no Brasil

A aprovação dessa lei é FUNDAMENTAL não só para frear, mas para impor uma verdadeira marcha à ré aos planos de morte das ONGs financiadas pelas Fundações Internacionais!
Está para ser votado, no Congresso Nacional, pela primeira vez desde 1990, um projeto de lei que irá impedir o desenvolvimento da Cultura da Morte no Brasil. Estou lhe escrevendo para pedir a sua ajuda, e de todos os seus contatos, para obter a aprovação deste projeto. 
O deputado Evandro Gussi, do PV de São Paulo, apresentou nestes dias, à Câmara dos Deputados,um substitutivo para o Projeto de Lei 5.069 de 2013. O substitutivo está para ser votado nos próximos dias na Comissão de Constitucionalidade e Justiça da Câmara, dali seguindo para o Plenário. A pressão contra o projeto, movida pelas ONGs financiadas pelas Fundações Internacionais que promovem o aborto é gigantesca.
O projeto, entre outras coisas, estabelece que no caso de gravidez resultante de estupro, o aborto somente não será punido se a gravidez for constatada em exame de corpo de delito e comunicado à autoridade policial.
O projeto também criminaliza o anúncio e a venda de substâncias destinada a provocar aborto, assim como orientar gestantes sobre como praticar o aborto.
A esmagadora maioria dos brasileiros é totalmente contrária ao aborto, a aprovação ao aborto diminui a cada ano pelo menos desde 1994 e nos últimos seis anos, segundo os dados dos atendimentos pós-aborto fornecido pelo SUS, a própria prática do aborto tem diminuído a uma taxa de 12% ao ano todos os anos. O número de abortos clandestinos no Brasil não é um milhão por ano, como se sustenta falsamente e de modo proposital, mas cerca de 100 mil por ano, e este número está diminuindo aproximadamente a 12% ao ano. Veja uma palestra mostrando a verdade sobre este assunto, realizada no próprio Congresso Nacional brasileiro, em setembro de 2015, clique aqui para assistir: https://www.youtube.com/watch?v=LP9_xL-cKQY
Por que foi apresentado o Substitutivo do Projeto de Lei 5.069 de 2013?
Porque o governo do PT, contrariamente ao que toda a nação brasileira pensa sobre o assunto, anunciou em 2012 que pretendia criar serviços de orientação à gestante sobre os melhores meios de provocar ela mesmo um aborto. O Ministério da Saúde está trabalhando ativamente nesta direção. Para facilitar este programa, multiplicaram-se no Brasil, nos últimos anos, a propaganda e a venda de substâncias abortivas. Para agravar a situação, desde 2004, nos serviços de abortos em casos de estupro, por Norma do Ministério da Saúde, não se exige mais nenhuma prova de que houve estupro a não ser a própria palavra da gestante. Nestes serviços, afirmam as normas do Ministério, a palavra da gestante deve ser recebida com presunção de veracidade sem necessidade de nenhuma prova, e com isto multiplicaram-se assustadoramente os casos de abortos praticados pelos serviços públicos em que não houve qualquer violência.
Isto é apenas o resumo dos fatos.
O quadro dentro do qual se insere o projeto é muito mais amplo. A realidade é que há um planejamento consciente por parte do governo, amparado pelo financiamento e pelas estratégias desenvolvidas por uma rede de Fundações Internacionais, que está conscientemente trabalhando para implantar a Cultura da Morte no Brasil e nos países que se opõem à prática do aborto, principalmente na América Latina.
Precisamos de sua ajuda para aprovar o Substitutivo do Projeto de Lei 5.069 de 2013. As ONGs que promovem o aborto no Brasil e alguns parlamentares que trabalham com elas estão conscientes da importância deste projeto e estão fazendo tudo o que podem para impedir sua aprovação.
Precisamos que você telefone e envie e-mails aos deputados da Comissão de Constitucionalidade e Justiça da Câmara pedindo-lhes que, em nome do povo brasileiro, aprovem o Substitutivo. Os telefones e e-mails dos deputados estão logo abaixo.
Agradeço a todos pelo imenso bem que estão ajudando a promover e procurarei manter a todos informados sobre o desenrolar dos fatos.
*
Para entender o que está acontecendo, leia os documentos a seguir.
É ideal que tanto os que telefonam como os que enviam mensagem estudem a fundo estes documentos de referência:
Na hora de enviar mensagens e telefonar, siga as seguintes recomendações:
  1. Mande um e-mail a todos os integrantes da comissão;
  2. Telefone apenas aos gabinetes das lideranças e aos deputados do seu próprio estado;
  3. Devido à gravidade da situação, escreva alguma mensagem com suas próprias palavras, ao invés de mandar uma mensagem previamente padronizada;
  4. Se você participa de alguma igreja ou religião, não se manifeste como religioso, mas como cidadão ou profissional;
  5. Telefonando ou escrevendo, seja sempre educado ao extremo, mas não deixe de manifestar claramente seu ponto de vista. Aos deputados e funcionários de seus gabinetes deve-se o maior respeito em qualquer circunstância;
  6. É muito importante, além de escrever e-mails, que podem ser facilmente apagados por qualquer funcionário com um clique de mouse, que se telefone de viva voz ou se mande um fax;
  7. Não esqueça de pedir encarecidamente a toda a sua lista de contatos que façam o mesmo e que avisem também às suas listas de contato.
Seguem, abaixo, os contatos dos parlamentares.
E-mails das lideranças:
Membros titulares da CCJ:
dep.aguinaldoribeiro@camara.leg.brdep.alceumoreira@camara.leg.br,dep.andrefufuca@camara.leg.brdep.andremoura@camara.leg.br,dep.antoniobulhoes@camara.leg.brdep.arthurlira@camara.leg.br,dep.arthuroliveiramaia@camara.leg.brdep.bacelar@camara.leg.br,dep.carlosbezerra@camara.leg.brdep.covattifilho@camara.leg.brdep.daniloforte@camara.leg.br,dep.faustopinato@camara.leg.brdep.felipemaia@camara.leg.br,dep.hirangoncalves@camara.leg.brdep.jhc@camara.leg.brdep.josefogaca@camara.leg.br,dep.juscelinofilho@camara.leg.brdep.marceloaro@camara.leg.br,dep.osmarserraglio@camara.leg.brdep.paeslandim@camara.leg.br,dep.paulomaluf@camara.leg.brdep.pr.marcofeliciano@camara.leg.br,dep.rodrigopacheco@camara.leg.brdep.sergiosouza@camara.leg.br,dep.venezianovitaldorego@camara.leg.brdep.altineucortes@camara.leg.br,dep.capitaoaugusto@camara.leg.brdep.franciscofloriano@camara.leg.br,dep.indiodacosta@camara.leg.brdep.jorginhomello@camara.leg.br,dep.paulomagalhaes@camara.leg.brdep.rogeriorosso@camara.leg.br,dep.ronaldofonseca@camara.leg.brdep.betinhogomes@camara.leg.br,dep.bonifaciodeandrada@camara.leg.brdep.brunocovas@camara.leg.br,ep.evandrogussi@camara.leg.brdep.joaocampos@camara.leg.brdep.jutahyjunior@camara.leg.br,dep.lucianoducci@camara.leg.brdep.marcotebaldi@camara.leg.br,dep.pastoreurico@camara.leg.brdep.pedrocunhalima@camara.leg.br,dep.tadeualencar@camara.leg.brdep.giovanicherini@camara.leg.br,dep.marcosrogerio@camara.leg.br
Membros suplentes da CCJ:
dep.alexandreleite@camara.leg.brdep.carlosmarun@camara.leg.br,dep.edmararruda@camara.leg.brdep.efraimfilho@camara.leg.br,dep.elmarnascimento@camara.leg.brdep.hildorocha@camara.leg.br,dep.jeronimogoergen@camara.leg.brdep.laudiviocarvalho@camara.leg.br,dep.leonardopicciani@camara.leg.brdep.lucasvergilio@camara.leg.brdep.mainha@camara.leg.br,dep.manoeljunior@camara.leg.brep.marionegromontejr@camara.leg.br,dep.marxbeltrao@camara.leg.brdep.maurolopes@camara.leg.br,dep.mendoncafilho@camara.leg.brdep.odelmoleao@camara.leg.br,dep.professorvictoriogalli@camara.leg.brdep.renataabreu@camara.leg.br,dep.ricardobarros@camara.leg.brdep.sorayasantos@camara.leg.brdep.tiaeron@camara.leg.br,dep.vitorvalim@camara.leg.brdep.delegadoedermauro@camara.leg.br,dep.fabiofaria@camara.leg.brdep.goretepereira@camara.leg.br,dep.jeffersoncampos@camara.leg.brdep.josenunes@camara.leg.br,dep.josenunes@camara.leg.brdep.laertebessa@camara.leg.brdep.lincolnportela@camara.leg.br,dep.marcioalvino@camara.leg.brdep.paulofreire@camara.leg.brdep.silascamara@camara.leg.br,dep.valtenirpereira@camara.leg.brdep.wellingtonroberto@camara.leg.br,dep.celiosilveira@camara.leg.brep.delegadowaldir@camara.leg.br,dep.gonzagapatriota@camara.leg.brdep.maxfilho@camara.leg.brdep.pedrovilela@camara.leg.br,dep.rossoni@camara.leg.brdep.afonsomotta@camara.leg.brdep.wolneyqueiroz@camara.leg.br,dep.ulduricojunior@camara.leg.br

Telefones das lideranças da Câmara:

lid.govcamara@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-9001
lid.min@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-9820
lid.pmdb@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-9181/80
lid.psdb@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-9345/9346
lid.pp@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-9426
lid.pr@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-9550
lid.psd@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-9650
lid.ptb@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-9502/9503
lid.dem@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-9265/9281
lid.prb@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-9880/9882/9884
lid.pdt@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-9700/9701/9703
lid.solidariedade@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-9985 / 3215-9986
lid.psc@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-9762/9771/9761
lid.pros@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-9990
lid.phs@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-8875
lid.pv@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-9790
dep.arthurlira@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-5942
dep.arnaldofariadesa@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-5929
dep.esperidiaoamin@camara.leg.br, Telefone: (61) 3215-5252
Disque Câmara no número: 0800 619 619

Telefones dos deputados da CCJ por estado

ALAGOAS
Arthur Lira PP/AL
Telefone: (61) 3215-5942
dep.arthurlira@camara.leg.br
Marx Beltrão PMDB/AL
Telefone: (61) 3215-5474
dep.marxbeltrao@camara.leg.br
Pedro Vilela PSDB/AL
Telefone: (61) 3215-5705
dep.pedrovilela@camara.leg.br
BAHIA
Arthur Oliveira Maia SD/BA
Telefone: (61) 3215-5830
dep.arthuroliveiramaia@camara.leg.br
Paulo Magalhães PSD/BA
Telefone: (61) 3215-5903
dep.paulomagalhaes@camara.leg.br
Jutahy Junior PSDB/BA
Telefone: (61) 3215-5407
dep.jutahyjunior@camara.leg.br
Elmar Nascimento DEM/BA
Telefone: (61) 3215-5935
dep.elmarnascimento@camara.leg.br
Mário Negromonte Jr. PP/BA
Telefone: (61) 3215-5517
dep.marionegromontejr@camara.leg.br
Tia Eron PRB/BA
Telefone: (61) 3215-5618
dep.tiaeron@camara.leg.br
José Nunes PSD/BA
Telefone: (61) 3215-5728
dep.josenunes@camara.leg.br
Félix Mendonça Júnior PDT/BA
Telefone: (61) 3215-5912
dep.felixmendoncajunior@camara.leg.br
Uldurico Junior PTC/BA
Telefone: (61) 3215-5729
dep.ulduricojunior@camara.leg.br
CEARÁ
Danilo Forte PSB/CE
Telefone: (61) 3215-5384
dep.daniloforte@camara.leg.br
Vitor Valim PMDB/CE
Telefone: (61) 3215-5545
dep.vitorvalim@camara.leg.br
Gorete Pereira PR/CE
Telefone: (61) 3215-5206
dep.goretepereira@camara.leg.br
DISTRITO FEDERAL
Rogério Rosso PSD/DF
Telefone: (61) 3215-5283
dep.rogeriorosso@camara.leg.br
Ronaldo Fonseca PROS/DF
Telefone: (61) 3215-5223
dep.ronaldofonseca@camara.leg.br
ESPÍRITO SANTO
Max Filho PSDB/ES
Telefone: (61) 3215-5276
dep.maxfilho@camara.leg.br
GOIÁS
Lucas Vergilio SD/GO
Telefone: (61) 3215-5816
dep.lucasvergilio@camara.leg.br
Célio Silveira PSDB/GO
Telefone: (61) 3215-5565
dep.celiosilveira@camara.leg.br
Delegado Waldir PSDB/GO
Telefone: (61) 3215-5645
dep.delegadowaldir@camara.leg.br
João Campos PSDB/GO
Telefone: (61) 3215-5315
dep.joaocampos@camara.leg.br
MARANHÃO
André Fufuca PEN/MA
Telefone: (61) 3215-5945
dep.andrefufuca@camara.leg.br
Juscelino Filho PRP/MA
Telefone: (61) 3215-5370
dep.juscelinofilho@camara.leg.br
Hildo Rocha PMDB/MA
Telefone: (61) 3215-5734
dep.hildorocha@camara.leg.br
Sarney Filho PV/MA
Telefone: (61) 3215-5202
dep.sarneyfilho@camara.leg.br
MATO GROSSO
Carlos Bezerra PMDB/MT
Telefone: (61) 3215-5815
dep.carlosbezerra@camara.leg.br
Professor Victório Galli PSC/MT
Telefone: (61) 3215-5539
dep.professorvictoriogalli@camara.leg.br
Valtenir Pereira PROS/MT
Telefone: (61) 3215-5913
dep.valtenirpereira@camara.leg.br
MATO GROSSO DO SUL
Carlos Marun PMDB/MS
Telefone: (61) 3215-5372
dep.carlosmarun@camara.leg.br
MINAS GERAIS
Rodrigo Pacheco PMDB/MG
Telefone: (61) 3215-5720
dep.rodrigopacheco@camara.leg.br
Bonifácio de Andrada PSDB/MG
Telefone: (61) 3215-5208
dep.bonifaciodeandrada@camara.leg.br
Júlio Delgado PSB/MG
Telefone: (61) 3215-5323
dep.juliodelgado@camara.leg.br
Luis Tibé PTdoB/MG
Telefone: (61) 3215-5632
dep.luistibe@camara.leg.br
Laudivio Carvalho PMDB/MG
Telefone: (61) 3215-5717
dep.laudiviocarvalho@camara.leg.br
Mauro Lopes PMDB/MG
Telefone: (61) 3215-5844
dep.maurolopes@camara.leg.br
Odelmo Leão PP/MG
Telefone: (61) 3215-5419
dep.odelmoleao@camara.leg.br
Lincoln Portela PR/MG
(Gab. 615-IV) Telefone: (61) 3215-5615
dep.lincolnportela@camara.leg.br
Subtenente Gonzaga PDT/MG
(Gab. 750-IV) Telefone: (61) 3215-5750
dep.subtenentegonzaga@camara.leg.br
PARAÍBA
Aguinaldo Ribeiro PP/PB
Telefone: (61) 3215-5735
dep.aguinaldoribeiro@camara.leg.br
Veneziano Vital do Rêgo PMDB/PB
Telefone: (61) 3215-5833
dep.venezianovitaldorego@camara.leg.br
Pedro Cunha Lima PSDB/PB
Telefone: (61) 3215-5611
dep.pedrocunhalima@camara.leg.br
Manoel Junior PMDB/PB
Telefone: (61) 3215-5601
dep.manoeljunior@camara.leg.br
Wellington Roberto PR/PB
Telefone: (61) 3215-5514
dep.wellingtonroberto@camara.leg.br
PARANÁ
Osmar Serraglio PMDB/PR
Telefone: (61) 3215-5845
dep.osmarserraglio@camara.leg.br
Sergio Souza PMDB/PR
Telefone: (61) 3215-5702
dep.sergiosouza@camara.leg.br
Luciano Ducci PSB/PR
Telefone: (61) 3215-5427
dep.lucianoducci@camara.leg.br
Edmar Arruda PSC/PR
Telefone: (61) 3215-5962
dep.edmararruda@camara.leg.br
Ricardo Barros PP/PR
Telefone: (61) 3215-5412
dep.ricardobarros@camara.leg.br
Rossoni PSDB/PR
(Gab. 513-IV) Telefone: (61) 3215-5513
dep.rossoni@camara.leg.br
Sandro Alex PPS/PR
Telefone: (61) 3215-5221
dep.sandroalex@camara.leg.br
PERNAMBUCO
Betinho Gomes PSDB/PE
Telefone: (61) 3215-5269
dep.betinhogomes@camara.leg.br
Pastor Eurico PSB/PE
Telefone: (61) 3215-5906
dep.pastoreurico@camara.leg.br
Tadeu Alencar PSB/PE
Telefone: (61) 3215-5820
dep.tadeualencar@camara.leg.br
Mendonça Filho DEM/PE
Telefone: (61) 3215-5314
dep.mendoncafilho@camara.leg.br
Silvio Costa PSC/PE
Telefone: (61) 3215-5417
dep.silviocosta@camara.leg.br
Gonzaga Patriota PSB/PE
Telefone: (61) 3215-5430
dep.gonzagapatriota@camara.leg.br
Wolney Queiroz PDT/PE
Telefone: (61) 3215-5936
dep.wolneyqueiroz@camara.leg.br
PIAUÍ
Mainha SD/PI
Telefone: (61) 3215-5624
dep.mainha@camara.leg.br
Paes Landim PTB/PI
Telefone: (61) 3215-5648
dep.paeslandim@camara.leg.br
RIO GRANDE DO NORTE
Felipe Maia DEM/RN
Telefone: (61) 3215-5528
dep.felipemaia@camara.leg.br
Fábio Faria PSD/RN
Telefone: (61) 3215-5706
dep.fabiofaria@camara.leg.br
RIO GRANDE DO SUL
Alceu Moreira PMDB/R S
Telefone: (61) 3215-5238
dep.alceumoreira@camara.leg.br
Covatti Filho PP/RS
Telefone: (61) 3215-5228
dep.covattifilho@camara.leg.br
José Fogaça PMDB/RS
Telefone: (61) 3215-5376
dep.josefogaca@camara.leg.br
Giovani Cherini PDT/RS
Telefone: (61) 3215-5468
dep.giovanicherini@camara.leg.br
Jerônimo Goergen PP/RS
Telefone: (61) 3215-5316
dep.jeronimogoergen@camara.leg.br
Nelson Marchezan Junior PSDB/RS
Telefone: (61) 3215-5250
dep.nelsonmarchezanjunior@camara.leg.br
RIO DE JANEIRO
Altineu Côrtes PR/RJ
Telefone: (61) 3215-5578
dep.altineucortes@camara.leg.br
Francisco Floriano PR/RJ
Telefone: (61) 3215-5719
dep.franciscofloriano@camara.leg.br
Indio da Costa PSD/RJ
Telefone: (61) 3215-5509
dep.indiodacosta@camara.leg.br
Leonardo Picciani PMDB/RJ
Telefone: (61) 3215-5302
dep.leonardopicciani@camara.leg.br
Soraya Santos PMDB/RJ
Telefone: (61) 3215-5352
dep.sorayasantos@camara.leg.br
Dr. João PR/RJ
Telefone: (61) 3215-5911
dep.dr.joao@camara.leg.br
RONDÔNIA
Marcos Rogério PDT/RO
Telefone: (61) 3215-5930
dep.marcosrogerio@camara.leg.br
RORAIMA
Hiran Gonçalves PMN/RR
Telefone: (61) 3215-5274
dep.hirangoncalves@camara.leg.br
SANTA CATARINA
Esperidião Amin PP/SC
Telefone: (61) 3215-5252
dep.esperidiaoamin@camara.leg.br
Jorginho Mello PR/SC
Telefone: (61) 3215-5329
dep.jorginhomello@camara.leg.br
Marco Tebaldi PSDB/SC
Telefone: (61) 3215-5284
dep.marcotebaldi@camara.leg.br
SÃO PAULO
Antonio Bulhões PRB/SP
Telefone: (61) 3215-5327
dep.antoniobulhoes@camara.leg.br
Fausto Pinato PRB/SP
Telefone: (61) 3215-5562
dep.faustopinato@camara.leg.br
Arnaldo Faria de Sá PTB/SP
Telefone: (61) 3215-5929
dep.arnaldofariadesa@camara.leg.br
Pr. Marco Feliciano PSC/SP
Telefone: (61) 3215-5254
dep.pr.marcofeliciano@camara.leg.br
Capitão Augusto PR/SP
Telefone: (61) 3215-5273
dep.capitaoaugusto@camara.leg.br
Bruno Covas PSDB/SP
Telefone: (61) 3215-5521
dep.brunocovas@camara.leg.br
Alexandre Leite DEM/SP
Telefone: (61) 3215-5841
dep.alexandreleite@camara.leg.br
Renata Abreu PTN/SP
Telefone: (61) 3215-5726
dep.renataabreu@camara.leg.br
Jefferson Campos PSD/SP
Telefone: (61) 3215-5346
dep.jeffersoncampos@camara.leg.br
Marcio Alvino PR/SP
Telefone: (61) 3215-5331
dep.marcioalvino@camara.leg.br
Paulo Freire PR/SP
Telefone: (61) 3215-5416
dep.paulofreire@camara.leg.br
SERGIPE
Andre Moura PSC/SE
Telefone: (61) 3215-5846
dep.andremoura@camara.leg.br
Fonte: Alberto Monteiro | Adaptação: Equipe CNP