Excerto do Livro
Pe. Guilherme Vaessen
Livro de 1953
Sexta Porta do Inferno

O
protestantismo é inimigo jurado da nossa Santa Religião. Nega os dogmas
mais santos: o Santo Sacrifício da Missa, a Confissão, a Comunhão, a
maior parte dos sacramentos, a existência do purgatório, a instituição
Divina da Igreja, a autoridade do Papa, a legitimidade do culto dos
santos. Neste particular vai até a caluniar aos católicos, dizendo que
adoram os santos, as imagens. Não, mil vezes não! Não adoramos os
santos. Adoramos só a Deus. Quanto aos santos, nós os honramos, pedimos
sua proteção junto de Deus. Honramos as imagens como sendo os retratos
dos santos. Que mal haverá nisso? Não podemos honrar o retrato de um
pai, de uma mãe, de um benfeitor, colocá-lo em nossa sala, no lugar de
honra? Se Deus, outrora, proibiu aos judeus que tivessem imagens, é
porque os judeus habitavam no meio de idólatras e estavam expostos a
cair na idolatria. Foi uma medida disciplinar e passageira. Aliás, o
mesmo Deus deu ordem a Moisés que adornasse a arca com imagens de anjos.
Se os protestantes não têm outra coisa que nos exprobrar, calem-se;
esta acusação cobre-os de ridículo.
É inegável a existência do perigo protestante no Brasil.
Não se deve,
porém, temer exageradamente o protestantismo porque ele tem contra si a
promessa feita por Cristo à sua Igreja e porque de sua natureza tende a
se desagregar, dividir e multiplicar-se. Todas as tentativas de união
serão sempre uma paródia da verdadeira união de fé. Ademais o Brasil
nasceu, cresceu e vive ainda sob o bafejo santo da Igreja Católica e não
quer ser ingrato às bênçãos celestes, simbolizadas pela constelação
bendita do Cruzeiro do Sul. Não se deve, portanto, exagerar o perigo
protestante.
Mas, doutra parte, não deve ser desprezado ou descurado.
A fé, na
verdade, foi prometida à Igreja e não às nações; estas, como os
indivíduos, a podem perder; e não padece dúvida que o protestantismo é
um sério perigo que poderá ser grave se não se empregarem os remédios
aptos e convenientes.
Não se devem
desprezar os protestantes, porque são nossos irmãos transviados e
cegos. Nem é tática bélica desprezar o inimigo, ainda que aparente
fraquezas.
Se não se deve exagerar nem diminuir o perigo, é preciso considerá-lo em seu justo limite.
Daí a
necessidade de um estudo leal e ponderado sobre as forças e elementos do
protestantismo no Brasil. Quanto maior for o estudo, tanto melhor será o
combate.
Devemos combater os protestantes:
Devemos combater os protestantes:
Com grande
caridade, muita paciência e ardente zelo pela sua conversão; com
constante e sólida instrução, do povo nas verdades reveladas; com a
prática das virtudes cristãs e com a frequência dos sacramentos;
advertindo os fiéis dos enganos; dando bom exemplo; com o sacrifício e
orações fervorosas para que todos sejam uma só coisa (Jo 17, 22).
O
protestantismo foi fundado por Lutero. Quem era Lutero? Um frade que,
depois de passar muitos anos no convento, deixou a vida religiosa,
deixou seu hábito e... casou. Com quem? Com uma freira, chamada
Catarina, que ele mesmo tirou do convento. Lutero viveu e morreu na
crápula, na orgia, no escândalo. Julgai se Deus pode suscitar semelhante
apóstolo para reformar a Igreja ou fundar uma nova religião.
Não
discutamos com protestantes, não vamos ao seu culto, nem por
curiosidade. Não leiamos suas bíblias, seus folhetos. É pecado mortal
ter consigo uma bíblia protestante. Tudo isso expõe nossa fé a
naufragar.
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