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domingo, 19 de abril de 2015

Comportamento Católico na Adoração Eucarística

“Não há dúvida que a atitude exterior do corpo influi sobre a atitude interior e que, aproveitando a alma o seu corpo, procura imprimir-lhe posição tradutora dos seus pensamentos.”
(Pe. João Batista Reus)
Santíssimo Sacramento
Por Melissa Bergonso
Como é bom visitar Nosso Senhor Jesus Cristo no Sacrário! Jesus nos ama e deseja que falemos com Ele. Mas não devemos nos dirigir a Jesus de qualquer modo, nem tratá-Lo de qualquer forma, muito menos ficar em Sua Santa presença de qualquer maneira, com comportamentos desleixados ou totalmente à vontade. Devemos respeitar e ter muita diligência no trato para com Nosso Senhor, porque Ele é DEUS. Precisamos, diante dEle, nos portar como Sua Santa Dignidade o exige, e de forma caridosa para com aqueles que estão ali presentes para também O adorar.

Diante do Santíssimo Sacramento

Diante do Santíssimo Sacramento nossa postura deve ser como o dos anjos: exteriormenteresguardadainteriormente profunda e contemplativa.
Exteriormente resguardada, porque devemos ter profundo respeito e reverência diante de Nosso Senhor Jesus. Os nossos gestos, as nossas palavras e, inclusive, as nossas vestes devem estar de acordo com a virtude da modéstia, de modo que possamos não chamar a atenção dos demais, não ser ocasião de pecado, nem motivo de escândalo para o próximo.
Interiormente profunda e contemplativa, porque devemos estar compenetrados, no íntimo do nosso coração, em silêncio interior, para então dirigirmos a Deus nossas preces, nossos pedidos, nossos agradecimentos e nossas súplicas. Nosso olhar deve ser dirigido somente a Jesus Sacramentado, de modo que tudo em volta permaneça no esquecimento, inclusive nós mesmos. Nossos olhos devem estar fixados apenas em Jesus; nosso coração deve desejar pulsar junto com o Coração de Jesus; nossa alma deve, com ardor, suspirar de amor por Jesus, pois o Amor nos ama e deixa-Se amar. Jesus merece ser amado pelo amor demonstrado na instituição da Eucaristia.

Conversando com Jesus

Ao falar com Jesus, devemos ser amáveis e dóceis, devemos lembrar que somos miseráveis criaturas, cobertas de pecados. Nós não temos o direito de “brigar” com Jesus, exigindo-Lhe ou cobrando-Lhe coisas, milagres, favores etc. Nós devemos pedir o que necessitamos, confiando em Seu amor e em Sua misericórdia, mas sempre aceitando a vontade de Deus para aquilo que pedimos, sem exigir nada de Nosso Senhor. Afinal, quem somos nós para Lhe dar ordens? Somos apenas pó, “pasto de vermes”… Mesmo assim, ó que bela prova de amor: Jesus, no Santíssimo Sacramento, dá audiência a todos, e a qualquer hora. Um Deus, que por tanto nos amar, se escondeu sob as espécies do pão e do vinho para ficar sempre pertinho de nós! Ó mistério insondável, o qual o homem não pode penetrar! Jesus não poderia ter-nos dado melhor presente! Pena que poucos têm consciência disso, e o tratam de forma tão vulgar, tão desrespeitosa, tão indiferente…
Infelizmente, algumas pessoas, sem qualquer noção da Majestade e Realeza de Deus, dizem: “Mas Jesus é meu amigo! Por que não posso me dirigir a Ele e me portar diante dEle conforme eu bem entender?” Para que não haja confusões quanto a isto, é importante esclarecer que Jesus é amigo de quem segue Seus Mandamentos“Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando.” (Jo 15, 14). Essa amizade não é uma amizade mundana, de “tapinha nas costas”, é uma amizade por amor e obediência, o que não nos dá o direito de tratarmos Jesus como um “coleguinha de escola”, nem mesmo como qualquer amizade comum. Jesus merece todo nosso amor e afeição, todo nosso carinho e afeto, todo o nosso respeito e reverência. Portanto, na presença de Jesus não há liberdade para falatório, para palhaçada, para risos, conversas, brincadeiras, danças, teatros, jograis, fantoches, apresentações alegóricas etc…

A importância do silêncio

O silêncio na Igreja, ou em qualquer lugar que esteja o Santíssimo Sacramento, é imprescindível. Algumas pessoas, quando estão fazendo adoração Eucarística, agem como se somente elas estivessem ali, e se esquecem de que, às vezes, há mais gente no mesmo recinto, orando a Deus também. É próprio da caridade cristã se preocupar com os outros que se encontram no mesmo local rezando, então, é importante guardarmos o silêncio, tanto quando adentramos na igreja, quanto quando estamos fazendo nossas orações.
Existem algumas situações que são muito desagradáveis para quem está rezando. A primeira delas diz respeito às pessoas que entram na igreja ou ali permanecem sem o mínimo respeito. Existem aquelas pessoas sem noção, que entram falando alto, cumprimentando todo mundo; pessoas que dão risadas e gargalhadas sem o mínimo rubor de preocupação; pessoas que falam o tempo inteiro, até na fila da confissão! Se você realmente precisa falar com alguém, chame-a para fora da igreja para conversar. Dentro da igreja, no recinto onde Jesus está verdadeiramente presente com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, não é lugar para colocar a conversa em dia.
A segunda situação diz respeito ao momento em que estamos rezando diante do Santíssimo Sacramento e, de repente, alguém se põe a rezar em voz alta e a cantar sem parar. Não é que seja proibido rezar em voz alta ou cantar cânticos diante do Santíssimo Sacramento, mas se há mais alguém ali rezando baixinho, convém que nós também permaneçamos em silêncio, por caridade para com os demais irmãos. Como diz Santo Afonso: “O silêncio é um meio excelente para se alcançar o espírito da oração e para se habilitar para o trato ininterrupto com Deus”.
Algo que eu gostaria de mencionar àqueles que têm o péssimo hábito de ficar dizendo “agora coloque a mão no coração…” com blá blá blás infindáveis enquanto todos estão em silêncio: ficar falando coisas aleatórias, com aglomeração de palavras, não ajuda em nada, aliás, irrita e atrapalha quem está ali, conversando com Jesus no íntimo do coração, tentando se concentrar em suas orações e pedidos. A adoração, mesmo em grupo, deve ser silenciosa. Pode-se haver um momento para orações em comum, como a oração do santo Terço ou do santo Rosário, por exemplo, e outro momento para orações particulares, feitas em silêncio.

As vestes

Este ponto não é menos sério ou menos importante do que os demais. As vestes também devem estar de acordo com o ambiente sagrado ao qual adentramos. Ninguém vai a um casamento de bermuda e chinelos, não é verdade? Ninguém entra em um Fórum em roupas praianas (nem que quisessem, não poderiam), não é verdade? Então, por que é que para ir à Igreja, seja para assistir à Santa Missa ou para fazer Adoração Eucarística, as pessoas vão de qualquer jeito, especialmente as mulheres, muitas vezes desnudas, com roupas colantes, curtas, transparentes, decotadas? E falo primeiramente das mulheres porque são elas que mais dão “show de horrores” neste ponto…
Você, mulher católica, deve cuidar para não ser escândalo ou causa de queda para seus irmãos por causa da roupa que veste. A modéstia cristã no vestir é uma norma de caridade. Acredito que muitas mulheres não se dão conta da imodéstia de suas roupas, porque especialmente a mídia (em propagandas de TV, seriados, malditas novelas anticristãs e anti-família, filmes, desfiles de modas etc.) polui seus olhos e mentes com tantos absurdos que se não se evita ter e não se corta o contato com essas ideias elas são absorvidas com êxito e muito rapidamente, sem questionamentos por parte de quem, passivamente, as “ingere”.Nós, mulheres cristãs, devemos ter consciência que nós somos a imagem e o reflexo de Maria Santíssima, e tanto mais devemos procurar imitar Suas virtudes, Suas excelências. O demônio quer ver a mulher – imagem da Virgem – destruída moralmente, fisicamente, psicologicamente. E as roupas ajudam demasiadamente nisto e de forma rápida! É importante compreender que cobrir o corpo não é algo vergonhoso, mas é, antes de tudo, valorizar o Templo do Espírito Santo, que, afinal, é o que o nosso corpo é: morada de Deus, quando estamos em estado de graça, ou seja, sem pecado mortal. Agora pergunto a você, mulher católica: Como você quer cobrir esta morada? com vestes sensuais, de modo a profanar este templo, ou com roupas próprias dos santos, de forma a santificar ainda mais esta morada de Deus? Não tenha vergonha de se vestir como uma digna mulher cristã, com roupas verdadeiramente decentes e femininas (vestidos e saias em comprimentos decentes, blusas com mangas, sem decotes e sem transparências). É necessário resgatarmos a pureza e a modéstia cristã, virtudes tão esquecidas em nossos dias. Para as mulheres que querem compreender um pouco mais sobre a modéstia no vestir, indico o artigo Roupas Femininas » Modéstia e Comprimento.
Os homens também não estão isentos da modéstia no vestir. Bermudas, chinelos e regatas são itens que não devem ser usados sob qualquer hipótese pelos homens, dentro da Igreja, em Missas e Adorações Eucarísticas. Você, homem católico, vista-se como tal – pois nossa roupa serve como nosso distintivo! –, com calça (social, de preferência) e camisa (de manga longa, de preferência). Bermudas são para meninos de 6 anos de idade. Chinelos, só se você não tiver nenhum outro par de sapatos (o que eu duvido). E quanto às regatas, qualquer pessoa que tenha o mínimo de bom senso – isso serve para as mulheres também – não usa isso dentro da Igreja nem na frente de Nosso Senhor presente no Santíssimo Sacramento da Eucaristia, muito menos para comungar!
Para auxiliar a compreensão de homens e mulheres quanto à questão das vestimentas dentro da Igreja, indico a Instrução sobre a Modéstia: A Modéstia na Igreja, escrita pelo Pe. Daniel Pinheiro, e o artigo Roupas para a Missa e o decoro na Casa de Deus.

Algumas considerações…

Sei que existem pessoas que ficam ofendidas com qualquer crítica em que elas, inevitavelmente, se enquadram, mas explico que este post não tem a finalidade de julgar quaisquer pessoas que, porventura, possam se encaixar em algumas descrições feitas e se sentir incomodadas com o que escrevi. Os pontos que abordei foram por conta de algumas queixas de pessoas que falaram comigo, e também por situações que eu mesma tenho visto dentro da Igreja. Se você, porventura, se identifica com algum ponto criticado, não se zangue, antes reflita, e que ele sirva para lhe fazer pensar um pouco e reavaliar o modo como você está procedendo e se comportando diante de Nosso Senhor nas Adorações Eucarísticas. De qualquer forma, as críticas que fiz são construtivas. Que Nosso Senhor possa tocar os corações daqueles que, de uma forma ou de outra, não se comportam bem diante de Sua Santa Presença, seja na forma que falam, na forma que oram, na forma que agem, ou no modo como se vestem.
Bendito e louvado seja o Santíssimo Sacramento da Eucaristia, fruto do ventre sagrado da Virgem Puríssima, Santa Maria!
fonte: www.mulhercatolica.com

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