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sábado, 30 de maio de 2015

Berços, não! Ataúdes!



O receio da prole é a falência da idéia cristã e o triunfo do paganismo. Para estabelecer a diferença entre a idéia cristã e a pagã a respeito da criança, é interessante investigar a arte clássica grega ou romana. Quão raras são as estátuas de crianças! O paganismo não dispensava cuidados à mãe e nem ao filho. Por outro lado, é no berço de uma criancinha que nasce o cristianismo, reproduzindo, eternamente, as suas mais cândidas passagens. Contemplai o quadro da Santíssima Virgem trazendo ao colo o Menino Jesus! A antigüidade não amou a criança, e uma era que se desinteressa por este mimo de Deus é uma era de paganismo.

Por Dom Tihamér Tóth

Catolicidade.com



Respeito à vida da criança


Meus amados irmãos,


Dentro de alguns dias festejaremos o Natal, a vigília santa que recorda o nascimento do divino Infante. Em parte alguma essa festa traz tanta alegria como nos lares iluminados pela tagarelice inocente das crianças.


Nos dias que antecedem a noite de Natal, os pequenos rabiscam ou murmuram, antes de adormecer, o objeto dos seus sonhos, formulando-o numa ardente e humilde prece ao Menino Jesus. Eis porque, penetrando nessa alegria e anseios das crianças, a Igreja aformoseia esta cerimônia, acrescentando ao culto divino tradições ingênuas que tornam mais encantador o tempo do Natal.


Todavia, ficamos surpreendidos quando, decorridos apenas quatro dias, a Igreja apareça envolvida em luto, na ocasião de outra festa, cujo aspecto não pudera ser menos suave do que a primeira: a festa dos Santos Inocentes. Com efeito, o simples enunciado destas palavras sugere a evocação de um cortejo de criancinhas de cachos loiros, faces rosadas e olhos puros e cândidos. Quanta poesia e graça nesta magnífica visão! E a Igreja cobre-se de luto. Despe as vestes de lírio da Noite de Natal, e em vez de cobrir-se da púrpura onde crepita o triunfo dos mártires, envolve-se nos tons violáceos do luto onde a dor soluça no mistério do silêncio.


E por quê? As pequeninas almas, na envolvência da sua pureza imaculada, também prestam homenagem ao Divino Mestre! Mas estas almas não são as criancinhas da terra que vêm enfeitar o berço de Jesus; são pequeninas vítimas inocentes, cujo sacrifício revive o crime, o massacre espantoso de Herodes... e a Igreja cobre-se de luto.


O pecado de Herodes! Erro miserável, sacrifício hediondo de vidas em flor, sob pretexto de que elas vêm perturbar a tranquilidade e o repouso.


Há quanto tempo é morto Herodes! Há vinte séculos, nos estertores de uma agonia inenarrável, deixava Herodes a terra; mas o seu pecado, qual flagelo maldito, continua sua obra devastadora. Hoje, depois de vinte séculos de cristianismo, em todas as cidades, nas aldeias, em todos os recantos, encontramos Herodes em quantidade; Herodes com as mãos tingidas de sangue dos inocentes; Herodes criminosos que o mundo não percebe e por quem não experimenta a mínima repulsa. Chegam alguns até a ufanar-se de tais ignomínias.


E é certo, meus irmãos, que o seu crime será julgado com a mesma severidade que a morte dos santos inocentes de Belém. E note-se que o massacre de Herodes limitou-se apenas a uma província, ou melhor, uma aldeia, ao passo que o crime atual ultrapassa milhares de vezes o crime de Belém.


Ultrapassa o massacre de Herodes não só pelo número das vítimas como pela perversidade, pelo cinismo com que é praticado. Herodes não era pai das crianças que mandou exterminar. Herodes deu a sua ordem sob a pressão do temor; os Herodes modernos matam com um plano intencional, premeditado.


Convém, meus amados irmãos, que nos demoremos um pouco mais neste assunto, tão importante quanto grave. Ao estudar o quinto mandamento, é indispensável fazer uma indagação pormenorizada do que se pratica na sociedade. Este mandamento cogita não somente das vidas que caminham normalmente, como daquelas que abotoam almas que descem à terra pela vontade de Deus. Mais ainda: tem a missão de proteger estas últimas, vítimas do pecado de Herodes, vítimas desta “morte branca” que se alastra pelo mundo exercendo a sua ação demolidora, e que à Cátedra da Igreja pertence condenar e combater.


É impossível, meus irmãos, permanecer em silêncio; é preciso trazer a público toda a odiosidade de semelhante crime, tudo quanto tem de revoltante e perigoso; até onde se estende a gravidade da culpa e as suas funestas consequências; as escusas, as razões especiais invocadas como justificativa e as respostas da Igreja para uma questão, aliás, muito delicada.


Importância da situação


Meus amados irmãos, treze anos já são passados depois da guerra mundial. Profundamente sacudido em seus alicerces, verificou o mundo, pelas estatísticas, que as armas mortais desta luta sanguinolenta destruíram aproximadamente dez milhões de homens.


Dez milhões! Que massacre! Causa arrepio a leitura desta cifra e, no entanto, parece ninharia diante das dezenas de milhões de crianças imoladas, e que Deus chamara à existência; criancinhas que, vítimas da perversidade humana, jamais hão de possuir essa existência, por causa da violação da santidade do matrimônio (pecado contra o sexto mandamento) ou, quiçá, nem mesmo poderão entrar na vida (pecado ainda mais grave contra o quinto mandamento).


Em complemento às numerosas escolas, aos dispensários, à legislação protetora da infância, às bibliotecas pedagógicas criadas, intitulou-se orgulhosamente o nosso século [século XX] de “Século da criança”.


Século da criança, uma época em que, na surdina, se lhe move uma guerra implacável e mortal? Século da criança, uma época em que ultrapassa o do berço, o número dos ataúdes! Século da criança, uma época em que a mulher prefere o buzinar do auto ou o latir do seu cão, aos gemidos da criancinha que lhe irrita os nervos. Quanta monstruosidade no assunto que hoje devemos abordar. Foge-me a coragem para ler-vos as estatísticas; digo mal, sinto doer-me a alma.


Limitar-me-ei apenas a levar ao vosso conhecimento as pesquisas realizadas por um dos professores da Universidade [Universidade de Budapeste – Hungria, na qual Dom Tóth lecionava], e que me foram ultimamente confiadas. Em nossa mutilada e triste Hungria, três mil mães desaparecem anualmente em plena juventude, por não deixarem vir ao mundo as criancinhas que trazem no seu seio, lançando mão de meios condenáveis para suprimi-las.


Refleti, meus irmãos: três mil mães! Isso não vos parece espantoso?


Vem à lembrança a imagem de uma floresta ainda nova, onde todos os anos são abatidas três mil plantas vigorosas. E note-se que essas três mil mortes não representam o número total das perdas, porquanto, em consequência dos nascimentos impedidos desta forma, atinge a milhares o número de vidas humanas, para o futuro, destruídas.


Desejo convencer-vos, meus irmãos, da gravidade de tão nefando crime. Naturalmente sois pais, tendes um filhinho – um interessante garotinho de 6 anos ou uma encantadora loirinha de 5 anos. Tomai-os ao colo e, contemplando-os com atenção, procurai mergulhar naquelas pupilas inocentes o vosso olhar. Quanta inocência e beleza aí descobris, não é verdade? Quanto vos comove a ternura desses pequeninos que alcançam com seus bracinhos o pescoço do seu pai!


E agora, tomai de uma lâmina e mergulhai-a na sua garganta... Sim, vós o papai afetuoso, vós a mamãe tão solícita e carinhosa, decepai a cabeça do vosso filhinho. A esse pequeno ser que tanto amais, arrebatai-lhe a vida, matai-o, assassinai-o!


Causam-vos surpresa as minhas palavras?


– “É inconcebível, monstruoso o que proferis! E se existiram pais cuja perversidade chegasse a tanto, seriam denunciados logo à abominação pública, e réus da pena de morte!”.


Ah! É inconcebível, monstruoso! No entanto, pelas avenidas das cidades e até nas ruas da aldeia e nos caminhos da fazenda, esses assassinos, essas criaturas humanas, que reproduzem ou perpetuam o crime de Herodes, perambulam às centenas, arrastando uma existência torturada de remorsos. Nas sociedades mundanas, semelhante pecado é admitido, e veem-se mães que o ensinam às filhas, como medida de precaução no matrimônio; e deste modo chegamos à falência da concepção cristã do mundo.


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O receio da prole é a falência da ideia cristã e o triunfo do paganismo. Para estabelecer a diferença entre a ideia cristã e a pagã a respeito da criança, é interessante investigar a arte clássica grega ou romana. Quão raras são as estátuas de crianças! O paganismo não dispensava cuidados à mãe e nem ao filho. Por outro lado, é no berço de uma criancinha que nasce o cristianismo, reproduzindo, eternamente, as suas mais cândidas passagens. Contemplai o quadro da Santíssima Virgem trazendo ao colo o Menino Jesus! A antiguidade não amou a criança, e uma era que se desinteressa por este mimo de Deus é uma era de paganismo.


Pois, convém acrescentar, que aquele que não tem filhos alimenta instintivamente o sentido da maternidade ou paternidade, e, não logrando expandir-se com seus próprios descendentes porque não os tem, reporta o seu amor aos animais, cães, gatos, etc. Que é isso senão um desprezo quase pagão pela moral cristã?


Não vos cause equívoco o sentido das minhas palavras; não quero dizer com isso que não possamos ter cão e gato em nossa casa. De certo modo, estende-se também aos animais a ação do quinto mandamento; devemos cuidá-los não os maltratando inutilmente – eles são necessários ao lar. O que, entretanto, parece difícil de compreender, é observar seres humanos civilizados, dotados de inteligência, poderem contemplar, sem o menor sentimento de piedade, a indigência dos seus semelhantes, e terem coragem de se entregar ao desespero quando o seu gato dá um espirro ou o cão machuca uma das patas!


É inacreditável saber que de um lado gemem criaturas nas garras da fome e da miséria e ver, por outro, privilegiados da fortuna, que imbuídos na mais revoltante indiferença, levam a passeio num auto confortável o seu cão de luxo; que comemoram festivamente o aniversário do gato ou se vistam de luto fazendo alarde da sua tristeza porque lhes morreu o cãozito de estimação, o seu inesquecível cãozito! É o regresso completo à barbárie.


Berlim possui atualmente 200.000 bebês e 240.000 cães de estimação: 40.000 cães a mais do que bebês. Os cães substituem as crianças nos braços das mulheres, recebem as suas carícias, são embalados nos açafates que tomaram o lugar dos berços, e acompanham-nas nos passeios, nas viagens e nas saídas. Há em Paris um instituto de beleza para cães, onde trabalha um exército de veterinários, penteadores e massagistas. Há também, na Ile des Ravageurs, um luxuoso cemitério para cães: por entre as suas extensas alamedas, alinham-se os túmulos ornados de dedicatórias e fotografias dos defuntos lulus. E, não raras vezes, para junto à porta do cemitério, vê-se uma custosa limousine de onde salta uma elegante dama, que vem fazer uma visita e depositar sobre o túmulo do seu inesquecível “Caniche” as guloseimas de que ele tanto gostava.


Parece incrível semelhante absurdo, mas é necessário render-se à evidência diante do que presenciamos. Não há muito tempo ainda, os tribunais de Sena tiveram de se ocupar com um fato desses. Uma rica senhora da sociedade mundana tomara por hábito ir frequentemente visitar o túmulo do seu querido Fox, trazendo-lhe um finíssimo pastel; tinha impressão, dizia ela, de que o animalzinho se levantava da sepultura e vinha comer o seu bocado preferido. Aconteceu que um dia, depois de ter feito a sua visita habitual, a senhora, logo após se ter retirado, voltou de novo. Junto ao túmulo, no maior sossego, um dos zeladores do cemitério banqueteava-se com o achado. A senhora denunciou-o e o caso foi parar nos tribunais!


Que pensar, meus irmãos, desta impiedade? E que dizer quando vemos nos jornais, anúncios desta natureza: “Procura-se casal sem filhos”? Tais anúncios deveriam ser proibidos. Gestos de crueldade inaudita são também os de certos proprietários de apartamentos que impõem aos seus locatários: “Não se admite cão nem gato e nem crianças”.


Não se admite a criança! Então, família e criança, mãe e filhos são coisas que se pode separar? Haverá sobre a terra palavras mais sublimes e mais intimamente ligadas: “Um lar sem crianças é um jardim sem flores”?


Um lar sem crianças é um sino que não bimbalha. Um lar sem crianças é um pássaro emudecido. Um lar sem crianças é uma árvore estéril! O lar sem a criança é, em suma, o triunfo do paganismo.


Basta, meus irmãos. Seria inútil continuar e entrar em detalhes. Negras demais são as sombras que envolvem o quadro; antes, vejamos o desenrolar funesto das consequências irremediáveis de tão nefanda transgressão.


Consequências do atentado à vida da criança


Tornou-se tão espantoso o receio dos filhos, que chegamos à greve das mães. De como é temível esse flagelo sob o ponto de vista nacional. No que diz respeito à população, constitui um desastre igual, senão maior, à derrota de Mohács, cidade da Iugoslávia, no século XVI, ou ao tratado de Trianon após a grande guerra. Na Hungria, num total de 2.582.000 famílias, 342.000 não têm filhos; 314.000 têm um só, e 252.000 têm dois apenas. Aproximadamente a metade das famílias na Hungria foge do dever. E será possível verificar a realidade de semelhante fato? Vejamos.


Sobre as famílias que não têm filhos, nada a dizer. Todavia, onde só encontramos um filho, pelo falecimento dos pais, em lugar de dois seres permanece apenas um. A família que se resume a dois filhos também não representa lucro para o estado, visto conservar apenas a proporção já existente. O desaparecimento de dois seres velhos é preenchido por outros dois novos; daí nenhum acréscimo para o país.


Quereis que vos diga mais? Nem inimigos, nem trincheiras, nem derrotas seriam necessárias para aniquilar tais regiões; basta-lhes o seu mal; está, pois, a Hungria condenada a desaparecer. Porventura, ignorais o crescimento dos povos vizinhos? Ignorais também a grande advertência da História? A substituição dos berços pelos ataúdes marca para um povo o primeiro passo da sua decadência, do seu desaparecimento.


Conservar-nos-emos, então, insensíveis diante dessa inferioridade numérica? Haverá quem ignore a porcentagem de mentalidades de escol, inventores, sábios ou santos que as nações perdem ao sonegar a existência às crianças? Será isto ilusão? Não, é fato consumado, infelizmente constatado no campo da experiência.


Cumpre notar que os espíritos eminentes nas ciências e no progresso espiritual pertencem notadamente a famílias abençoadas de prole numerosa. E é sobremodo contristador pensar que grande número de sábios, benfeitores da humanidade e santos virão a faltar-nos em consequência do receio dos filhos. Se nos séculos passados os pais tivessem fugido ao dever nobilíssimo da família, não teríamos encontrado – para citar apenas alguns exemplos – nem Santa Catarina de Sena, que foi a 25ª filha do casal, nem São Clemente Maria Hofbauer, o apóstolo de Viena, o 12º herdeiro, nem a mimosa Santa Teresinha de Lisieux, que foi a 5ª filha. Santo Inácio de Loyola tinha 10 irmãos e irmãs, Santo Tomás de Aquino 5, São Bernardo 6.


E se nos lembrarmos daqueles homens de renome universal, encontraremos Fraunhofer, o grande físico, 10º filho; Lessing, poeta, 13º. Dentre os compositores conhecidos, Haendel foi o 10º; Haydn o 12º; Benjamin Franklin, inventor do para-raios, tinha 10 irmãos e irmãs, e assim Dürer, o gravador.


Vede, portanto, meus irmãos, em que abismo está condenada a mergulhar uma nação que suprime a criancinha; com o aniquilamento dos gênios e da sua população, está lançada a sua ruína. Sabemos qual a sorte do carvalho quando atacado pelo verme oculto e destruidor.


E se considerarmos mais seriamente o fato, o pecado não atinge somente a nação, mas também o indivíduo. O filho único sofre as consequências do seu isolamento e muito mais intensa deverá ser a dor dos seus pais.


Sim, o filho único é atingido pelo pecado em favor de quem foi cometido, pois, a fim de educá-lo com mais perfeição e conforto, já não se pode dividir a fortuna, a herança. E, por via de regra, apesar da opinião generalizada dos pais no que se refere ao aperfeiçoamento da educação do filho único, em geral, numa nação, os indivíduos portadores de mentalidade avançada, indivíduos capazes e de projeção meritória na vida, quer homens, quer mulheres, geralmente são oriundos de famílias numerosas, ao invés daquelas que têm um só filho.


Observa-se também que nas famílias numerosas, onde os progenitores são obrigados a se dividir entre os filhos, estes são mais ajuizados, cuidadosamente demonstrando maior faculdade de iniciativa. E qual o motivo? É que os senhores pais de um só filho não o educam; ao contrário, estragam-no com mimos, embalam-no, enfraquecem-no com o excesso de cuidados. Pobre criança! Talvez desejasse ardentemente ser mesmo criança; mas como? Está ainda longe o dia em que se possa atirar numa aventura; não tem um companheiro, confidente das suas pequenas alegrias ou tristezas, alguém com quem possa brincar, brigar, para integrar-se na vida; nem irmão, nem irmã que o auxilie na sua formação. Porquanto, quer brincando, quer brigando, os irmãos e irmãs, confundindo suas lágrimas e sorrisos, formam reciprocamente a sua personalidade.


Ora um auxílio, ora uma dessas concessões mútuas, essa vida em miniatura permite-lhes expandir o seu coração. Desgastam-se as arestas do gênio, os temperamentos se abrandam e educam, como os peixinhos das praias, cuja aspereza desaparece no atrito do mergulhar. Eis o que transforma tornando melhores os filhos das famílias numerosas. A vida em comum ensina-os a ser obsequiosos e tratáveis, levando-os à compreensão de que o mundo não gravita somente ao redor de sua minúscula pessoa, e que um sentimento de solidariedade deve presidir às atividades dos homens.


Por outro lado, quão triste se apresenta a vida do filho ou filha única! Privado de irmãos e irmãs, o pobrezinho vê-se na contingência de assumir precocemente a atividade de um adulto. Amadurecido antes do tempo, já é um velhinho que sabe tudo melhor do que os outros. Recolhido e alheio, até em classe é pouco simpático, e de volta ao lar não encontra a ninguém.


Pesa-lhe a solidão do ambiente, o que vem confirmar de modo incontestável a interessante estatística de um médico de Viena. Dentre cem crianças na idade de 10 anos e que não têm irmãos, disse ele, apenas treze gozam saúde, e os oitenta e sete restantes sofrem dos nervos, ao passo que, nas famílias de prole numerosa, 69% são sadios. E assim, acabamos de verificar o triste resultado da moda do “filho único” e o quanto interessa à sociedade combater essa prática nefasta.


Ademais, tal situação ainda atinge diretamente os pais se considerarmos suas relações com o próprio filho, entre o casal e para com Deus.


Com o próprio filho


É de notar-se que mais dificilmente se obtém a obediência por parte de um só filho do que de muitos. Os pais, receando o crescimento da prole, insensivelmente perdem a autoridade sobre o filho único. E isso se explica: o filho só consagra um amor incondicional aos pais quando estes dão, em relação à sua personalidade, prova de uma lisura perfeita, sem quebra da autoridade paterna.


Ora, a alma cândida da criança sente tudo isso instintivamente. Acontece-lhe perceber o menor constrangimento, a menor dissimulação, acabou-se o afeto terno e confiante.


Entre o casal


Em outro ponto, cumpre aos pais ainda refletir: a educação da criança dá, sem dúvida, muita preocupação e cuidado; entretanto, meus irmãos, traz consigo radiantes compensações.


Sem lembrar neste instante que, um dia ou outro, os pais terão necessidade da assistência de seus filhos: dias de provações sobrecarregados de amargura, desentendimentos e contratempos; dias sombrios e dolorosos em que, para a alma dos pais, não existe outro raio de esperança além do olhar do petiz que tagarela e se expande na sua inocência; dias de pena e angústia, em que a criança se transforma no anjo tutelar em guarda aos esposos que sofrem o  aparecimento de divergências, incompatibilidades, cuja força para suportar se concentra no ser pequenino, único móvel que impede o explodir dessas tempestades domésticas numa ruptura completa e definitiva.


Quão frequentes e numerosas são essas divergências entre os casais: ameaças de separação, explicações tempestuosas, faltas recíprocas de atenção – tudo isso era o pão quotidiano quando não existia o filho. Todavia, nessa casa, nesse lar, voltado à destruição, surgiu ou surgiram os filhos, e eis que se reatam os laços na iminência de se romperem.


Voltemos às estatísticas. Na metade dos casos de divórcio, dizem elas, não há filhos, e em vinte por cento há apenas um. Estas cifras representam por si só uma prova evidente de que, onde os filhos são esperados com alegria, não obstante os encargos decorrentes, o afeto dos pais se torna mais intenso, cresce a confiança mútua, e por isso mesmo constituem eles, na verdade, o vínculo mais sólido do matrimônio.


Para com Deus


E para os pais cristãos, existe uma consideração de ordem superior: a vontade de Deus. O filho é um dom de Deus, “uma bênção de Deus”, dizia-se nas épocas da fé. O advento da criança e os cuidados que reclama são uma forte abundância de merecimentos para a vida eterna. A recusa desse dom de Deus, a recusa do filho encerra uma injúria gravíssima ao Criador e ao Senhor da vida.


Não há muito tempo ainda, uma pobre mãe, entregue ao desespero, atirava-se nas águas do Danúbio arrastando consigo o filho. E este fato, publicado nos jornais, tende a repetir-se. Sem dúvida, há nisto uma falta muito grave, um duplo homicídio; entretanto, esse pequenino ser era batizado e, ao deixar a terra, foi reunir-se ao coro dos anjos.


Mas, e a imolação das crianças de hoje, desses inocentes que vão para a eternidade sem haver recebido o batismo? Segundo os princípios da nossa fé, não podem ser condenados; entretanto, para eles, fechada está a porta suprema que dá acesso à bem-aventurança eterna. Por culpa de seus pais, perderam a vida terrena. Por culpa deles ainda, perdem agora a felicidade do céu.


Por culpa de seus pais! – torno a repetir. Então, os desgraçados que cometem esse crime serão dignos do nome de pais? Será digno dispensar-lhes tal dignidade? Terão eles noção, porventura, do crime espantoso atribuído a esse pecado?


E é precisamente para demonstrar toda a sua infâmia que a Igreja qualificou-o um pecado à parte, passível de ser absolvido somente pelo bispo ou sacerdote por ele autorizado. Cedo ou tarde, entretanto, o pecador adquire a consciência dessa culpa, e aí começa o seu grande castigo sobre a terra: um remorso crescente, as exprobrações da consciência, porque a supressão da criança que devia nascer constitui verdadeiramente um homicídio no sentido bíblico da palavra. Então, soa aos ouvidos a voz do Senhor quando intima o primeiro homicida:


– “Caim, que fizeste? O sangue de teu irmão clama vingança. Maldito serás sobre a terra que ensopaste com o sangue de teu irmão. Ainda que a cultives, não dará frutos: serás errante e fugitivo sobre ela” (Gênesis IV, 10-12).


“A voz do sangue derramado!”. Que isto quer dizer, meus irmãos? A propósito, escreve Shakespeare em Macbeth: “Os perfumes mais embriagados da Arábia não conseguem arrancar das mãos do assassino o odor de sangue que delas se exala; água nenhuma lograria apagar o rubor das suas nódoas. Aqui e acolá surgem os fantasmas pálidos e ensanguentados das vítimas imoladas, enquanto que o assassino, banhado de suor gélido, clama vencido de horror: ‘Ah, venham as feras, prefiro-as a essas visões de horror!’”.


Porém, ai! Ei-las que voltam! Trevas profundas envolvem essas almas. Já não há para elas repouso, paz, vida conjugal tranquila e venturosa. Debate-se a alma nas garras do remorso. Uma coisa ainda resta para recuperar o equilíbrio: a confissão sincera. Mas ai! Como é duro curvar-se! E a alma luta e sofre! O infeliz pecador hesita! Agarra-se às pequenas coisas; dá fartas esmolas, reza durante muitas horas, faz peregrinações, geme, soluça: tudo em vão, tudo inútil, nada lhe restitui a paz do coração.


Então desgarra... Abandonando a Igreja, a crença, Deus, torna-se empedernido. Blasfemando, insulta o seu Deus, acusa, hostiliza, critica a tudo e a todos, e mesmo assim não logra encontrar a paz. Melhor fora ver em seu derredor berços repletos de crianças, que sentir sobre a consciência o peso de uma delas; tremendo é o destino de quem, numa temeridade insólita, desafia ao Deus Todo Poderoso.


*
*       *


Com este pensamento, meus irmãos, encerramos a nossa conferência de hoje, cuja extensão não me permitiu ainda esgotar tão grave assunto. Voltaremos domingo próximo [leia aqui]; pressinto ainda muitas dúvidas, pretextos e confusões, necessitando esclarecimentos. Os homens, bem o sabemos, no seu modo superficial de julgar as coisas, atribuem-lhe pouca importância, mas a História não pensa assim.


Diz-nos Nosso Senhor no quinto mandamento: “Não matarás”. A História do mundo nos ensina, por outro lado, que a civilização, a cultura, o comércio, as minas, as máquinas e a indústria, tudo isto nenhum valor representa para uma nação onde o número dos ataúdes ultrapassa o dos berços.


Meu Deus e meu Senhor, auxiliai-nos para que os povos sejam libertados desse flagelo. Não permitais que as mulheres formem a legião de Herodes. Auxiliai-nos a fim de que, fiéis ao dever, as mães gravem no seu coração as palavras do poeta:


Sabes porventura o que é uma mãe?


– É a fiandeira (que tece a trama) da vida.


Queres saber também o que é a criança?


– O porvir da existência!


Dize-me, então, de quem é o futuro?


– Dos que tiverem vencido.


Sabes, porventura, quais são os vencedores?


– A mãe e o filho! – Amém.


Dom Tihamér Tóth, Os Dez Mandamentos, Volume 2, Editora SCJ, 1945.


FONTE: Catolicidade - http://www.catolicidade.com/2014/06/bercos-nao-ataudes.html#more





Postado por Roosevelt Maria de Castro

O ESVAZIAMENTO CATÓLICO

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Gustavo Corção



"Estamos cansados de clamar contra a enxurrada de impurezas que se instalou intra muros Ecclesiae pelas portas que a própria hierarquia católica abriu, “num gesto largo e moscovita” como diria Fernando Pessoa, com especial propriedade"...



Estamos cansados de clamar contra a enxurrada de impurezas que se instalou intra muros Ecclesiae pelas portas que a própria hierarquia católica abriu, “num gesto largo e moscovita” como diria Fernando Pessoa, com especial propriedade. Queixamo-nos da infiltração marxista, e dela podemos dizer o que disse Santo Agostinho dos que duvidavam da imprescindível função da Igreja na salvação das almas: “Quis negat?” E ninguém, que eu saiba, ousou erguer a voz contra a severa interrogação do Bispo de Hipona. Ou, se alguém falou, seu insignificante balido não atravessou quinze séculos. Queixamo-nos da invasão do secularismo, da penetração do protestantismo, que foi convidado a colaborar na mutilação da Santa Liturgia. Com cócegas nos ouvidos e inebriados de aberturas, os homens da Igreja escancaravam as portas e tudo teve licença e convite para entrar. Tudo.

Na verdade, porém, o que mais lamentamos não é o monte de coisas que penetraram nos recintos da Igreja: é antes o que saiu, o que se perdeu. Em lugar das infiltrações choremos o esvaziamento que se observa nas palavras e atos dos homens de Igreja de nosso tempo. Mostrem-me um só documento, um congresso, um sínodo, uma assembléia em que os bispos ensinem que tudo devemos largar, ou que tudo devemos ter em conta de coisa menor e secundária, que todos os valores do mundo devemos pôr em seu verdadeiro lugar de pó que o vento traz e o vento leva — para seguir o ÚNICO NECESSÁRIO, que é Jesus por nós crucificado. Na verdade, para seguir esse verdadeiro TUDO, precisamos desprender-nos do volumoso NADA que cremos ser o tudo da vida, quando consideramos a vida e o mundo SEGUNDO A CARNE e não SEGUNDO O ESPÍRITO.

Onde está o homem de Igreja que pensa e irradia a doutrina que o Apóstolo nos deixou, e que os primeiros cristãos transmitiam na Didaché quando falavam no caminho da morte, que é preciso evitar, e no caminho da vida, que era o da salvação e de volta à casa do Pai. Onde está o Bispo que arde de desejo de santidade, e que chora “a única tristeza deste mundo: a de não ser santo”?

Chegaram à audácia inacreditável de espalhar a idéia contrária: hoje o homem não deve cuidar da santificação de si mesmo, devendo cuidar da “libertação” dos outros. Essa monstruosa doutrina que se impinge como amor do próximo é na verdade uma falsificação do amor que pretende colocar o amor do próximo acima do amor de Deus.

Onde está o ensinamento que nos adverte contra essa subversão da caridade que, no ensinamento paulino, se denominava “homem exterior” ou se classificava como “viver segundo a carne”?

Ao contrário desse ensino das coisas do espírito, ao contrário da vida interior e da procura primeira do Reino de Deus, os homens que se agitam nos recintos da Igreja, de Manaus a Helsinki, passaram a querer salvar o mundo segundo a carne. A paz que procuram não é aquele fruto da caridade trazido pelo Sangue de Jesus, é a paz exterior, a paz da ONU, desejada com os mesmos critérios e até com o mesmo preço de capitulações vergonhosas com que a procuram os pacifistas do mundo.

Meu Deus! Será preciso repetir? Repitamos. A Igreja está neste mundo para guardar e distribuir o Preciosíssimo Sangue; está para preparar uma constelação de almas escolhidas que brilhem pelo exemplo da piedade, que ardam pelo calor da santidade. Assim, estrela de Belém seguindo agora não o curso que trouxe os magos ao berço do Menino-Deus, mas seguindo o itinerário que leva àquele outro formidável berço de Jesus erguido no Calvário ao longo dos séculos e séculos, já que Ele nos prometeu: estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos.

Se os homens da Igreja aprenderem a verdadeira lição da Mãe e Mestra, e se “dados em espetáculo ao mundo” aparecerem como exemplos de vida espiritual, o mundo será melhorado por sua presença catalisadora e exemplar.

Se, porém, os homens de Igreja quiserem melhorar o mundo com critérios humanos, isto é, se quiserem viver “secundum seipsos” e não “segundo o espírito”; se quiserem trabalhar no mundo antes de terem trabalhado na própria alma, com as ferramentas de Jesus, então, meu Deus! em vez de exemplo de santidade, em vez de estímulo para o bem maior, darão um espetáculo de circo, como se viu em Manaus e em Helsinki.

O espetáculo oferecido ao mundo pela gente de Igreja é apavorante, e, muito mais grave do que uma preferência às coisas temporais e exteriores, os padres e bispos secularizantes foram compelidos a rejeitar a vida interior, a vida espiritual, o Sangue de nossa redenção. A Igreja de Cristo foi rejeitada em benefício de Outra. E é esse adultério espiritual que nos autoriza a repetir aquela sinistra simetria: “Os apóstolos deixaram tudo para seguir Jesus”; os modernos homens dessa Outra Igreja “aceitam tudo para não seguir Jesus”.

Aos ingênuos que não levam a conversão de critérios até a decisiva rejeição da Igreja, mas pensam que é largueza mental esse ecumenismo e essa secularização que culminou em Helsinki, lembrarei duas frases, uma de Soljenitzin e outra de Étienne Gilson. O primeiro, a propósito do Congresso em Helsinki, presidido pelo Cardeal Cassaroli e abençoado pelo Papa, diz que “a 3ª Guerra já houve, e já foi perdida”. A segunda, de Gilson, a propósito do “Diálogo Impossível” entre católicos e comunistas, traz este melancólico arremate: “seremos engolidos por eles” e “só nos restará o ridículo da aventura”. (13/9/75.)

(PERMANÊNCIA, 1980, novembro/dezembro, números 144/145.)

Fonte: Pensadores Brasileiros - http://home.comcast.net/~pensadoresbrasileiros/GustavoCorcao/o_esvaziamento_catolico.htm
Postado por Roosevelt Maria de Castro

terça-feira, 26 de maio de 2015

Foi em Nova Orleans que... Nossa Senhora de Fátima chorou pelo mundo

terça-feira, 26 de maio de 2015

Em 1972, uma imagem da Mãe de Deus verteu lágrimas na cidade hoje (Outubro/2005) arrasada pelo 
furacão Katrina. Aquele milagroso aviso não foi atendido. Aviso apenas para Nova Orleans? Não. Para 
o mundo todo!Luis Dufaur

Imagem de Nossa Senhora chora em Nova Orleans em 1972

Mais um alerta. Muitos deram de ombros. Já estavam acostumados a furacões... O Katrina
exibia violência inusual: ventos de até 280 km/h. Mas, julgavam, tudo daria certo em 
Nova Orleans, a“cidade da música e da alegria” — leia-se a cidade do jazz que preparou
 o rock and roll, do vodu, dos festivais homossexuais que afrontavam a Deus.
O mais acintoso de tais “festivais” era o Southern Decadence (Decadência Sulista). Em 2004 contou com 
125.000 participantes e durou uma semana, durante a qual foram praticados
 atos sexuais em lugares públicos, diante da polícia, da Prefeitura e da Câmara de 
Vereadores. A provocação foi filmada e a gravação entregue às autoridades. Estas não só
 não tomaram providências, mas fizeram propaganda encorajando mais uma semana de
 abominações para a edição de 2005 — a 34ª — e esperavam-se 150.000 participantes. 
Porém...

Profético pranto de Nossa Senhora
A primeira Southern Decadence fora em 1972. Naquele ano uma imagem peregrina de 
Nossa Senhora de Fátima verteu lágrimas miraculosamente em Nova Orleans. Pela cidade, 
sem dúvida, mas sobretudo pela humanidade.
A notícia percorreu o mundo. No Brasil, um diário paulista estampou impressionante foto
 (na página anterior). O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira publicou então no mesmo jornal o 
artigo Lágrimas, milagroso aviso,(1) descrevendo as circunstâncias do fato sobrenatural. 
Desde 1972 muitos furacões passaram por Nova Orleans, mas nada aconteceu de 
especialmente trágico. E o aviso de Nossa Senhora foi sendo esquecido.
No mesmo período, muitos — e, aliás, incomparavelmente piores — furacões se abateram 
sobre a Santa Igreja Católica, soprados pela revolução progressista. Abateram-se também
 sobre a ordem temporal, sobre o nosso Brasil, atiçados pelo mesmo espírito de revolta e de imoralidade 
que anima o progressismo religioso.
Nova Orleans e o mundo fizeram questão de esquecer o “milagroso aviso”,afundaram na 
vidinha e na cegueira que precede a tragédia. Foi assim que estava marcada para este 
ano (2005) mais uma semana de passeatas e orgias homossexuais do“Southern Decadence” 
para o 31 de agosto naquela cidade. 
Porém, o Katrina chegou dois dias antes...Colapso de uma grande cidade moderna.Enquanto 
escrevo, Nova Orleans — aglomeração de 1.500.000 habitantes, terceiro porto
 dos EUA —  em parte está reduzida a escombros e vários de seus bairros continuam 
submersos. Não há energia elétrica, água potável, rádio, TV, telefone ou esgoto. Soldados, 
policiais, bombeiros e socorristas evacuam os últimos residentes. Temem-se epidemias 
favorecidas pelas águas pútridas onde se decompõem cadáveres, animais, plantas e toda
 espécie de objetos que até há pouco faziam o aconchego dos lares. É verossímil que a 
cidade fique deserta, em grande parte, durante um ano, mas vozes como a do presidente 
da Câmara se perguntam se é razoável reconstruí-la.(2)
O “The New York Times” comparou o desastre à destruição da antiga Pompéia e ao recente 
tsunami asiático.(3) O secretário geral adjunto para Assuntos Humanitários da ONU, 
Jan Egeland, classificou o Katrina como uma das piores catástrofes naturais da História, 
maior ainda que o tsunami “pela quantidade de casas destruídas e pelo número de 
pessoas afetadas ou deslocadas”.(4) Inimagináveis cenas “de fim de mundo”
Após a tempestade, gangues armadas fizeram da cidade um cenário dantesco. Refúgios 
e hospitais 
viraram infernos, onde os flagelados eram ameaçados, roubados, assassinados, ou 
estupradas as 
mulheres. No hospital Big Charity o chefe dos cirurgiões, Norman E. Mc Swan Jr., dormia 
oculto num saco de lixo hospitalar no telhado da garagem, para não ser apanhado pelos 
criminosos.(5) No  estádio Superdome houve até suicídio de um desesperado diante de 
15.000 pessoas. Incêndios ocorreram um pouco por toda parte.
Os socorristas que chegavam de helicóptero eram recebidos à bala. Policiais e bombeiros abandonaram  
a assistência aos sobreviventes para conter os bandos de delinqüentes e saqueadores. O mito do homem 
sem pecado original,  bom por natureza, foi mais uma vez desmentido e patenteou a sua 
hipocrisia. Exaustos e traumatizados, alguns policiais e bombeiros suicidaram-se. 
Espantosas e terríveis reações de um corpo social onde a Moral foi esquecida! Teria 
sido muito diferente em qualquer megalópole moderna posta em circunstâncias análogas?
144.000 km2 de áreas costeiras foram arrasadas pelo furacão. Em vastas praias de quatro 
Estados as ondas devastaram até 1.000 metros terra adentro. Para o governador do 
Mississippi, as ruínas de Gulfport, Waveland e Biloxi evocam um bombardeio atômico.(6) 
Em Biloxi, “paraíso” das casas de jogo e da dissolução moral, cassinos flutuantes foram 
jogados para o interior como se fossem simples rolhas, pelo mar em cólera.
Percepção de um castigo divino A imprensa americana fez freqüentes alusões à dimensão 
bíblica da tragédia. O presidente do Conselho  de Nova Orleans, Oliver Thomas, após ouvir 
uma comparação da situação da cidade com Sodoma e Gomorra, confidenciou: 
“talvez Deus vá nos purificar”.(7)
O Arcebispo D. Alfred C. Hughes saiu da cidade antes de o Katrina chegar. Hoje tenta 
reorganizar o seu clero e fiéis dispersos. Pela primeira vez desde 1725, deixou de haver 
Missa dominical em Nova Orleans.(8) As igrejas estão abandonadas, até mesmo a catedral São Luís.
Inacreditável o empedernimento homossexual Apesar de tudo, adeptos do tal 
Southern Decadence quiseram realizá-lo, pouco se importando com o luto da cidade. 
Esquálidos magotes de provocadores homossexuais, lésbicas e travestis desfilaram em
 Bourbon Street, onde se amontoam lojas pornográficas, bares de nudismo e prostituição.(9) 
O mesmo anunciaram na cidade de Lafayette.A par disso, a corajosa TFP americana propulsionou uma campanha de e-mails pedindo 
ao prefeito a interdição desse infame ato. O prefeito assim dispôs, mas duas dúzias de 
fanáticos, violando a norma municipal, realizaram um arremedo do Southern Decadence. 
Sócios e correspondentes da TFP de Lafayette rezaram em ato público de reparação a 
Nossa Senhora da Assunção, padroeira do Estado, atestando o vigor católico que subsiste
 em meio a esse ambiente de castigo.(10)
Uma reedição de Sodoma e Gomorra “Sodoma e Gomorra”, sintetizou o jornalista 
português José Pacheco Pereira. “Esta catástrofe se tornou  uma metáfora moral sobre 
o mal castigado. Quem conhece a sua Bíblia sabe de onde isto vem: do episódio de 
Sodoma e Gomorra. Deus, na sua absoluta ira, pune com o fogo as duas cidades viciosas.
[...] É uma forma de justiça, não é?”(11)Se isso afirmou um jornalista — a respeito do qual não consta que seja especialmente 
devoto — o que  não deveríamos estar ouvindo dos púlpitos e das cátedras católicas?
Vasculhei a Internet à procura de qualquer exortação de algum alto prelado católico 
conclamando à penitência a propósito do Katrina, a fim de comunicá-la ao leitor. Apenas 
encontrei apelos humanitários  à ajuda e à solidariedade aos flagelados, com as notas 
religiosas de praxe. Mais nada... Se o leitor descobrir exortação mais significativa de 
algum prelado católico, por favor, me envie. Terei imensa alegria em divulgá-la.
Nova Orleans e o mundo estavam avisados Neste contexto ressoam oportunas, hoje 
mais do que nunca, as palavras do Prof. Plinio no artigo acima mencionado, sobre as 
lágrimas vertidas por Nossa Senhora em Nova Orleans:“O misterioso pranto nos mostra a Virgem de Fátima 
a chorar sobre o mundo 
contemporâneo, como outrora Nosso Senhor chorou sobre Jerusalém. Lágrimas de dor
 profunda, na previsão do castigo que virá.
“Virá para os homens de nosso século, se não renunciarem à impiedade e à corrupção. 
Se não lutarem especialmente contra a autodemolição da Igreja, a maldita fumaça de 
Satanás, que no dizer do próprio Paulo VI, penetrou no recinto sagrado. [...] Não é 
preferível — pergunto — ler hoje este artigo sobre a
 suave manifestação da profética melancolia de nossa Mãe, a suportar os dias de 
amargura trágica que, a não nos emendarmos, terão que vir?
“Se vierem, tenho por lógico que haverá neles, pelo menos, uma misericórdia especial 
para os que, em sua vida pessoal, tenham tomado a sério o milagroso aviso de Maria”.(12)

E-mail do autor luisdufaur@catolicismo.com.br
Notas:

1. “Folha de S. Paulo”, 6-8-1972.

2. “La Croix”, Paris, 9-9-2005.

3. “The New York Times”, 31-8-2005.

4. “Associated Press”, 1-9-2005.

5. “O Estado de S. Paulo”, 10-9-2005.

6. “MSNBC”, 31-8-2005.

7. LifeSiteNews.com, 1-9-2005, http://www.lifesite.net/ldn/2005/sep/05090111.html.

8. “The New York Times”, 5-9-2005.

9. LifeSiteNews.com, id. ibid.

10.http://www.tfp.org/what_we_do/index/louisiana_families_suffer.htm.

11. “O Público”, Lisboa, 8-9-2005.

12. “Folha de S. Paulo, 6-8-1972.

E-mail do autor: luisdufaur@catolicismo.com.br________
Notas:1. “Folha de S. Paulo”,
Fonte: Catolicismo - http://catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=A980B85B-914B-98A0-38099DFE6913F7B1&mes=Outubro2005

segunda-feira, 25 de maio de 2015

O que acontece durante a Santa Missa - Pe. João Baptista Reus

sábado, 17 de março de 2012

Eis um breve relato de algumas visões do padre João Baptista Reus, com relação à maravilhosa realidade sobrenatural da Santa Missa. Falecido em odor de santidade, teve este sacerdote, a graça de ver o que acontece de sobrenatural durante a Santa Missa, a qual, por razão, costumava chamar de “A FESTA NO CÉU”.
Ao tempo em que o demônio procura eclipsá-la, vamos adorar mais e mais a Jesus, em reparação a tantas blasfêmias que contra a Eucaristia se cometem. Eis o que era dado ver ao Padre Reus:
“Nossa Senhora convida todo o Paraíso para participar da Santa Missa. Todos os anjos e Santos A seguem em maravilhoso cortejo até o altar. Os Santos formam um semi-círculo ao redor do sacerdote celebrante e o acompanham até o altar. Lá chegando, os anjos se colocam atrás dos Santos.
Outra multidão de anjos cerca a igreja e cobre os fiéis, impedindo a aproximação dos demônios durante a Santa Missa, em honra á Majestade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Virgem Santíssima está sempre junto do celebrante, do lado do altar onde é servida a água e o vinho, e onde são lavadas as mãos do sacerdote. É a própria Mãe de Jesus quem serve o celebrante e lava suas mãos. Entre Nossa Senhora e o celebrante, é convidado o Santo do dia.
Todas as almas do Purgatório também são convidadas pela Virgem Maria e permanecem durante toda a Santa Missa aos pés do altar, entre o celebrante e os fiéis. Conta o Padre Reus que ele via as almas do Purgatório em verdadeira festa e com grande esperança de libertação. Padre Reus via uma chuva caindo sobre o Purgatório durante toda a Santa Missa.
No momento sublime da Consagração, quando estas almas veem Nosso Senhor Jesus Cristo em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, sentem um desejo incontrolável de sair daquelas chamas e se atirarem em Seus braços, mas não conseguem, por não estarem ainda purificadas.
Após a Consagração, acontece a libertação do Purgatório, das almas que já atingiram a purificação. Nossa Senhora estende a mão a cada uma delas e diz: “Minha filha, pode subir “.
Os anjos saúdam as almas libertadas do Purgatório, abraçando-as. É um momento de imensa alegria e beleza. Em seguida, estas almas, resplandecendo com a beleza indescritível, adornadas como noivas, como anjos, são introduzidas triunfalmente no Paraíso, por uma multidão de anjos, ao som de música e cantos celestiais.
- Na hora da morte, as Missas que houveres assistido serão a tua maior consolação.
- Toda Missa implora o teu perdão junto da justiça Divina.
- Em toda Missa podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados e diminuí-las mais ou menos consoante a teu fervor.
- Assistindo com devoção à Missa, prestas a maior das honra à Santa Humanidade de Jesus Cristo.
- Ele se compadece de muitas das tuas negligências e omissões.
- Perdoa-te os pecados veniais não confessados, dos quais porém te arrependestes.
- Diminui o império de Satanás sobre ti.
- Sufraga as almas do Purgatório da melhor maneira possível.
- Uma só Missa a que houveres assistido em vida, ser-te-á mais salutar que muitas a que outros assistirão por ti depois da tua morte, pois pela Missa participas da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
- A Missa preserva-te de muitos perigos e desgraças que te abateriam.
- Na Missa recebes a benção do sacerdote, a qual Nosso Senhor confirma no Céu. És abençoado em seus negócios e interesses pessoais.
- Toda Missa alcança-te um grau maior no Céu e diminui o teu Purgatório.”


sábado, 23 de maio de 2015

Solenidade de Pentecostes

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo João
(Jo 20, 19-23)
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: "A paz esteja convosco". Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
Novamente, Jesus disse: "A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio". E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos".
- Palavra da Salvação.

- Glória a vós, Senhor.

Roupas para a Missa e o decoro na Casa de Deus

Por Melissa Bergonso
Você já se perguntou como deve ir vestido(a) à Igreja? Se sim, louvado seja Deus. Infelizmente, nem todas as pessoas têm essa preocupação. Não é porque vamos à Igreja que não precisamos nos arrumar bem, é justamente o contrário! Quando digo sobre nos arrumarmos bem, não estou dizendo em questão de “elegância”, e muito menos de modismos, mas de decência e de decoro. A Casa de Deus não é qualquer casa, muito menos um lugar qualquer. Lamentavelmente, as pessoas têm a idéia errada de que a Casa de Deus é igual à “casa-da-mãe-joana”, e adentram nela vestidas bastante “à vontade”, quando não desleixadas ou mesmo irreverentes. A Igreja é um lugar Santo, pois ali reside Nosso Senhor na Hóstia Consagrada dentro do Sacrário, e é por este motivo que devemos estar bem apresentáveis (com decoro e decência) quando adentramos no Santo Templo de Deus.
Quando vamos à casa de alguém importante nos vestimos do melhor modo possível. Quando vamos a um casamento, colocamos nossas roupas mais bonitas. Se tivéssemos que visitar algum rei nos vestiríamos do modo mais apresentável e respeitável possível. Garanto que ninguém vestiria bermuda e chinelo em nenhuma das circunstâncias que citei. Pois bem, na Igreja reside o Rei dos reis, Senhor dos senhores, e tem gente que insiste em ir lá vestida com trajes inapropriados, quase praianos. Para Deus devemos nos apresentar com o maior zelo possível, da melhor forma possível de acordo com a condição de cada um. Vestir-se bem na presença de Deus não implica em usar roupa chique, mas em usar roupa modesta! Portanto, vestir-se bem é sinônimo de modéstia.

Roupas para ir à Igreja e à Santa Missa

Antigamente as pessoas usavam o termo “roupa de domingo” para as roupas usadas para ir à Missa; não raro era somente uma peça de roupa! e era só para ir à Santa Missa mesmo, no domingo. Nos demais dias, a “roupa de domingo” ficava guardadinha, esperando a próxima Missa! E como era boa e respeitosa essa época, as mulheres com seus vestidos modestos e comportados, usando véu na Igreja, e os homens com trajes simples, sociais, mas modestos e de muito bom gosto!
Como hoje já não se comenta mais sobre as roupas adequadas para homens e mulheres irem à Igreja e à Santa Missa, farei algumas descrições e considerações gerais, na medida do possível, acerca de roupas femininas e masculinas.
Vestimentas femininas
As roupas femininas ideais para as mulheres irem à Igreja e à Santa Missa são:
Saias: devem ser abaixo do joelho pelo menos uns 20 cm (aproximadamente até a metade da canela), de modo que mesmo sentando os joelhos ainda fiquem cobertos;
Blusas: não podem ser cavadas nem decotadas, devem ser com mangas pelo menos até a metade do braço[1]. O ideal é que as mangas, no comprimento mínimo, sejam pelos cotovelos e o decote não passe de dois dedos sob o poço da garganta[2].
Vestidos: devem seguir o mesmo esquema da saia para a parte de baixo e da blusa para a parte de cima[3].
Véu: deve preferencialmente ser branco para as solteiras e preto, marfim ou cinza para as casadas. O véu é um símbolo da “mulher como Maria”. O véu também simboliza a humildade de Maria e sua submissão à vontade Deus, além de “esconder nossa glória e beleza”, que pertencem a Deus e ao nosso marido somente. Além de tudo, o véu ajuda a nos concentrarmos nas orações sem ficarmos olhando para o lado distraídas com o “penteado da vizinha”, entre outras coisas.

JAMAIS se deve ir à Missa com roupas justas, com o colo de fora, mostrando partes dos seios, ou com os ombros, as costas, a barriga e as pernas de fora ou expostas sob roupas colantes. Além de ser vulgar e indecoroso, é desrespeitoso para com Deus e para com o Sacerdote que celebra a Santa Missa.
Vestimentas masculinas
Calças: devem ser discretas, de tons neutros, de preferência sociais.
Camisas: devem ser discretas, sóbrias, de preferência sociais e de mangas longas. 
JAMAIS se deve ir à Missa de regatas e bermudas! Além de ser sinal de desleixo (pois Igreja não é ambiente praiano nem barzinho), é falta de respeito para com Deus.

Algumas observações: calça x véu

Há muitas pessoas que defendem a “tese” de que calça comprida (jeans, social etc.) também combina com o uso do véu. Porém, como alguém pode velar a cabeça mas não se importar em deixar o contorno do seu corpo à mostra? A calça comprida não é vestimenta para uma mulher que realmente quer imitar em tudo a Santíssima Virgem, pois essa peça de roupa não é feminina, muito menos modesta. Falar isso não é ser puritano, nem mesmo tradicionalista radical. Uma mulher que busca velar sua cabeça deve também buscar velar o corpo, e uma calça não vela o corpo, delineia-o muito mais do que deve[4].
O véu deve ter um significado muito maior do que simplesmente “combinar com saia”. O uso do véu significa velar-se para Deus, esconder-se do mundo, fazer-se como Maria. A Virgem Santíssima jamais usaria uma calça comprida. Não entendo porque ainda as mulheres se prestam a defender o uso dessa vestimenta como correto e bom, sendo que santos, como o Padre Pio, criticavam-na e abominavam-na completamente.
Nossa Senhora é modelo perfeitíssimo de modéstia e em todas suas aparições [levemos em conta aqui as aprovadas pela Igreja] ela jamais veio trajada com calças ou roupas semelhantes, mas sempre veio com seu lindo e longo vestido, com um manto Lhe cobrindo o vestido e o véu Lhe cobrindo a cabeça. Nós, mulheres, devemos imitá-la nesse sentido: cobrir nosso corpo e velarmo-nos para Deus. Devemos ter todo o cuidado de não sermos a “atração da igreja”. Há mulheres que de tão mal vestidas tornam-se o “espetáculo” da Missa. Lembremos sempre da figura de Maria: modesta, recatada, recolhida e absorta em oração. Esse deve ser nosso porte dentro da igreja e durante a Santa Missa.

Considerações finais

Em relação ao decoro e à modéstia na Casa de Deus, devemos ser zelosos e procurar imitar e chegar o mais próximo das virtudes e da modéstia de Nossa Senhora [para as mulheres] e de São José [para os homens]. Claro que não é a roupa em si que confere a um católico o título de “bom” ou de “ruim”, mas todo um conjunto de práticas interiores e exteriores. Neste sentido, podemos dizer que a veste é um pequeno detalhe, é uma exteriorização da alma de certa forma, porém não é menos importante do que as virtudes interiores. Tudo é um conjunto, o interior e o exterior. À medida que crescemos na Fé e nas Virtudes Cristãs, nosso amadurecimento espiritual vai ficando evidente em nosso exterior, na maneira de nos portarmos, agirmos e vestirmos. Portanto não há desculpa para nos comportarmos mal ou nos vestirmos impudicamente, pois o exterior reflete o interior.
—————
[1] Devido a condições de mercado impossíveis de alterar, as mangas curtas são toleradas, temporariamente, com Aprovação Eclesiástica, até que a feminilidade Cristã se volte de novo para Maria, como o modelo do Pudor no vestuário”. (Normas Marianas: A Modéstia no Vestir – Item 2). Disponível em Fátima.org.
É também importante ter em mente que a manga protege os movimentos dos braços, não permitindo que as axilas, partes dos seios e/ou o sutiã sejam expostos. Por este motivo, não se deve usar blusas que não tenham nenhum tipo de manga, como por exemplo, regatas, blusas de alças e Cia, pois elas ferem a modéstia.
[2] Frase dita pelo Cardeal Donatto Sbaretti em 1930: “Um vestido não pode ser chamado decente se é cortado na largura de mais de dois dedos sob o poço da garganta, que não cubra os braços pelo menos até os cotovelos, e mal chegue até um pouco abaixo dos joelhos. Além disso, os vestidos de materiais transparentes são impróprios”. A medida de dois dedos sob o poço da garganta equivale a um decote de mais ou menos 3 cm. Já as Normas Marianas dizem o seguinte: “Os vestidos Marianas devem cobrir completamente o busto, peito, ombros, e costas, exceção feita à abertura do decote, desde que, abaixo da base do pescoço, essa abertura não exceda os cinco centímetros, tanto à frente como nas costas, e outros cinco centímetros na direção dos ombros”. (Normas Marianas: A Modéstia no Vestir – Item 3). Disponível em Fátima.org.
[3] “Os vestidos Marianos não acentuam excessivamente o corpo: disfarçam, em vez de revelarem, as formas da pessoa que os usa. Um vestido Mariano deve ser uma cobertura de modéstia, ou seja, deve estar dentro das normas marianas do Pudor no vestuário (cf. Ponto 3) mesmo depois de se tirar o casaco, papa ou estola (no caso de vestidos de festa)”. (Normas Marianas: A Modéstia no Vestir – Itens 6 e 7). Disponível em Fátima.org.
[4] De forma geral, as calças compridas são feitas para delinear o corpo feminino e para salientar as formas femininas. Os cortes modernos, especialmente os das calças jeans, são cortes que evidenciam a sensualidade feminina, e procuram enfatizar as partes do corpo (bumbum, quadril e coxas) que deveriam estar devidamente cobertas e protegidas. Por este motivo, o corpo feminino fica exposto, mesmo estando “coberto”, e isto favorece olhares impudicos e pode propiciar facilmente ocasiões de pecado para quem lança o olhar sobre uma mulher assim trajada.

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