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sábado, 14 de janeiro de 2017

O Segredo do Rosário - 1o Capítulo

Uma Rosa Branca - Para os Sacerdotes



Caros Ministros do Altíssimo, vocês são meu companheiros sacerdotes que pregam a verdade de Deus e que ensinam o Evangelho a todas as nações, deixe-me dar-lhes este pequeno livro, como uma rosa branca, que eu gostaria que as conservassem. As verdades nele contidas são postas de uma maneira simples e direta como vocês observarão. Por favor, mantenham-nas em seus corações, a fim de que vocês mesmos possam se habituar ao uso do Rosário e que promovem o fruto; e por favor, tenham-nas sempre nos seus lábios, também, a fim de que sem possam pregar o Rosário e assim converter outros através do ensino da excelências desta santa devoção.

Peço que estejam atentos, a fim de não pensarem que o Rosário é de pouca importância, como dizem os ignorantes e alguns grandes intelectuais orgulhosos. Longe de insignificante, o Rosário é um tesouro de valor incalculável e inspirado por DEUS.

DEUS Todo Poderoso, o deu porque Ele quer que vocês o rezem como meio de converter os pecadores mais endurecidos e os hereges mais obstinados. Com a devoção do Rosário obtém-se graças para esta vida e glória para a eterna. Os Santos é que o dizem e os Papas o confirmam.

Quando o ESPÍRITO SANTO revela este segredo a um sacerdote e diretor de almas, quão bem-aventurado se torna este! Porque a grande maioria das pessoas falha em conhecer este segredo ou apenas o conhece superficialmente. Se tal sacerdote realmente compreende este segredo ele rezará o Rosário todo o dia e aconselhará outros a fazerem o mesmo.

Deus por Sua Santíssima Mãe Derramará abundantes graças em sua alma, a fim de que ele se torne instrumento para sua Glória; e sua palavra, apesar de simples, fará mais bem, em um mês, do que aquela dos outros pregadores em vários anos.

Portanto, meus queridos irmãos e companheiros sacerdotes, não nos bastará somente pregar esta devoção aos outros; devemos praticá-la nós mesmos. Mesmo que firmemente acreditemos na importância do Santo Rosário, contudo se nós mesmos não o rezarmos, dificilmente poder-se-á esperar que as pessoas sigam o nosso conselho, porque ninguém pode dar aquilo que não tem: “Jesus começou não só a fazer, mas a ensinar” (At 1,1). Devemos nós mesmos nos empenhar em imitar Nosso SENHOR JESUS CRISTO, que praticava o que ensinava. Devemos imitar São Paulo que conhecia e pregava nada mais que JESUS Crucificado. Isto é o que você real e verdadeiramente estará fazendo ao pregar o Santo Rosário. Não se trata somente de uma sucessão de PAI Nossos e Ave Marias, mas, ao contrário, é um sumário divino dos mistérios da vida, paixão, morte e glórias de JESUS e Maria.

Eu poderia contar-lhes mais prolongadamente acerca da graças que DEUS me concedeu em conhecer pela experiência e eficácia do pregação do Santo Rosário e de como tenho visto, como os meus próprios olhos, as maravilhosas conversões que ele suscitou. De bom grado eu lhes contaria todas estas histórias se eu achasse que elas motivariam a pregar esta bela devoção, não se levando em conta que os sacerdotes não possuem o hábito de o rezar hoje em dia. Mas além de tudo isto, eu penso que este pequeno sumário será o suficiente se lhes contar algumas histórias antiqüíssimas, mas autênticas sobre o Santíssimo Rosário.


1º Capitulo - Extraído do Livro "O Segredo do Rosário" São Luiz M. Grignion de Montfort
 
Fonte: http://osegredodorosario.blogspot.com.br

O Segredo do Rosário - Introdução

São Luís Maria Grignion de Montfort


  Nesta obra, Montfort deixar conhecer o zelo missionário e o seu extraordinário amor à Virgem  através da oração do Santo Rosário.

Para S. Luís de Montfort, o Rosário não é somente um modo de oração fácil, que pode ser feita por qualquer pessoa, mas um caminho espiritualmente seguro dentre as formas mais elevadas de união com DEUS, em JESUS por Maria.
  Percebemos que na sociedade moderna muitas pessoas estão redescobrindo o terço. A meditação e a contemplação dos mistérios salvíficos continuam sendo o modo de oração mais procurado pelos cristãos católicos.
  No Segredo do Rosário S. Luís Maria de Montfort expõe, de modo prático e didático, os  motivos e as formas para se rezar o Rosário de Maria, e ainda mais, nos conta a história do Rosário, animando-nos à oração, falando dos inúmeros exemplos de grandes santos e místicos que, no seu tempo, já o rezavam alcançando muitas graças.
  Aproveite bem deste livro. Você, com certeza, não vai contentar-se por lê-lo apenas uma vez.  Reze com carinho, orientado por S. Luís de Montfort. A oração feita com perseverança ajudará você a encontra-se com o SENHOR e a servi-lo, principalmente na prática da justiça e da  solidariedade, indispensáveis na vida de todo cristão.
Na festa da Anunciação de Nossa Senhora
João Monlevade, 25 de Março de 1997.
Pe. Luiz Augusto Stefani
Por favor, faça todo o possível para que este livro vital seja mais vastamente conhecido, comprando/enviando cópias extras para dar aos seus amigos, parentes e conhecidos. Trata-se  da Salvação das Almas e da Paz no Mundo.
Link para download
Media Fire (Não precisa se cadastrar para fazer download)
http://www.mediafire.com/view/?cd9tdx3ps8n9ycu
 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

A Saudação "Salve Maria"


Ave maris stella,

Dei Mater alma,
Atque semper Virgo,
Felix caeli porta.

Nada mais suave para os ouvidos de Maria do que a voz de seus filhos, dirigindo-lhe a saudação angélica. Esta saudação faz estremecer-lhe o coração, como no dia da Anunciação. O fato seguinte o prova com evidência, e se deu com São Bernardo, um dos mais ilustres servos de Maria.
No meio do século XII, existia nas florestas que separam as Flandres do Brabante uma ermida de religiosos beneditinos, célebre sob o nome de abadia de Afligem. Bernardo, percorrendo a Alemanha para pregar a segunda Cruzada, foi descansar alguns dias no piedoso convento. Uma estátua de Maria estava no fundo do claustro, na grande galeria. Com o divino filho nos braços, Maria parecia olhar com ternura para os religiosos que ali passavam. Bernardo dirigia-lhe a saudação angélica todas as vezes que passava diante dela:
— Ave, Maria! — dizia ele.
Um dia, ajoelhou-se aos pés da imagem, repetindo com efusão sua saudação favorita. No momento em que acabava de dizer “Ave, Maria!”, da imagem Maria respondeu:
— Ave, Bernardo! — Eu te saúdo, ó Bernardo!
É impossível descrever a impressão que estas palavras produziram nos circunstantes, e em particular na alma de Bernardo. Estremeceu, como Santa Isabel no dia da Visitação, quando Maria a saudou: “E donde me vem esta felicidade — exclamou Isabel — que a mãe de meu Senhor se digne visitar-me?” (São Lucas 1, 43). Sem dúvida, a alma de Bernardo, ouvindo a voz de sua Mãe bem amada, derreteu-se de amor como a da esposa dos cânticos: “Minha alma desfez-se em ternura ao som maravilhoso de sua voz”.
Ao retirar-se, o santo abade de Claraval deixou na abadia a parte superior de seu báculo, como penhor de agradecimento. A estátua conservou-se milagrosamente no claustro até o ano de 1580, época em que foi despedaçada, e o convento saqueado pelos protestantes. Dos pedaços recolhidos, fizeram-se duas novas estatuazinhas à imitação da antiga. Uma delas venera-se ainda, na igreja dos beneditinos de Termonde.
(“Maria ensinada à mocidade” - Livraria Francisco Alves, 1915).

Fonte: http://tradicaocatolicateixeiradefreitas.blogspot.com.br/

sábado, 7 de janeiro de 2017

O Calvário e a Missa - 7ª Parte - O Último Evangelho


"O monte Calvário é o monte dos amantes."
(São Francisco de Sales)

O Último Evangelho

“Pai, nas vossas mãos entrego o meu espírito”.
 (São Lucas 23,16)

O último Evangelho da Missa é um formoso paradoxo que nos faz regressar ao princípio, pois abre com as palavras “no princípio”...

Também na vida humana o fim é o princípio de outra vida. A última palavra de Nosso Senhor foi realmente, o Seu último evangelho: “Pai nas vossas mãos entrego o meu espírito”.
Tal como no evangelho da Missa, também Ele regressa ao Pai de onde veio. Jesus completara a Sua obra. A Sua missa começara com a palavra Pai, e foi com essa mesma palavra que Ele terminou.

Todas as coisas perfeitas, diziam os Gregos, movem-se em sentido circular”. Tal como os grandes planetas, que só após um longo espaço de tempo completam as suas órbitas e regressam novamente ao seu ponto de partida, como que para saudarem Aquele que os colocou no seu caminho, também o Verbo Incarnado, que veio ao mundo para dizer a Sua Missa, ao completar a Sua Missa na Terra regressou para junto de Seu Pai Celestial que O enviara para a jornada da Redenção do mundo.

O Filho Pródigo está prestes a regressar à casa de Seu Pai, pois Jesus é também o Filho Pródigo que durante tinta e três anos deixou a casa de Seu Pai e a bem-aventurança do Céu e veio ao país estrangeiro que é a Terra- pois é estrangeiro todo o país distante da casa paterna. Ele despendeu a substância da Sua Verdade na infabilidade da Sua Igreja, e a substância do Seu Poder na autoridade que deu aos Seus Apóstolos e aos Seus sucessores.

Ele despendeu a substância da Sua Vida na Redenção e no Sacramento. Quando esgotou tudo até a última gota, Ele volveu o olhar para a casa de Seu Pai e, num grito ressonante, lançou o Seu Espírito para os braços de Seu Pai, não como alguém que mergulha na escuridão, mas sim como quem sabe que caminha para onde será bem-vindo.

Naquela última palavra e naquele último evangelho que O fez regressar ao Princípio de todos os princípios, e principalmente a Seu Pai, revelam-se a história e o ritmo da vida. O fim de todas as coisas regressa, de qualquer maneira, ao seu princípio.

Tal como a Filho regressa à casa de Seu Pai, e como o corpo regressa ao pó de onde nasceu, também a alma do homem, que veio de Deus, deve algum dia voltar para junto de Deus.

A morte não é o fim de todas as coisas. A lousa fria que cai sobre a sepultura não marca o fim da história de um homem. A maneira como ele viveu a sua vida determina as condições da sua vida futura. Se ele procura Deus durante a existência, a morte será como que a abertura de uma gaiola. Ele poderá então, servindo-se das suas asas, voar para os braços do Bem-Amado.

Se ele, durante a vida, se afastou de Deus, a morte ser-lhe-á como que o início de um eterno afastamento da verdadeira Vida, da Verdade e do Amor – será o inferno.

Junto ao trono de Deus, de onde viemos para o nosso noviciado da Terra. Deveremos regressar algum dia para prestar contas do uso que fizemos da nossa existência. Não haverá um único ser humano que, ao chegar à última folha do livro da sua existência, não encontre ali traçado o seu destino, segundo aceitou ou rejeitou a divina dádiva da Redenção.

Aceitando-a, ou rejeitando-a, o homem terá assinado, por sua própria mão, a sentença do seu eterno destino. Tal como na caixa registradora ficam apontadas as importâncias para serem conferidas no final do nosso dia de negócio, também os nossos pensamentos e obras são registrados para o Julgamento Final.

Se, porém, vivemos sempre à sombra da Cruz, a morte não será o fim, mas sim o princípio da vida eterna. Em vez de uma separação, aguardar-nos-á uma reunião; em vez de uma partida, será uma chegada; em vez de encontrarmos um fim, esperar-nos-á um último evangelho – um regresso ao princípio.

Tal como a voz do destino murmura, “Deves abandonar a Terra”, a voz do Pai diz: “Meu Filho, vem para Mim”!

Fomos enviados a este mundo como filhos de Deus, para assistirmos ao Santo Sacrifício da Missa. Compete-nos permanecer aos pés da Cruz e, como àqueles que ali permaneceram desde o primeiro dia, ser-nos-á pedida a declaração da nossa lealdade.

Deus deu-nos o grão e a cepa da vida e, à semelhança do homem que, segundo o Evangelho, recebeu talentos, também nós devemos apresentar a retribuição das graças divinas que tivermos recebido.

A vida que Deus nos concedeu representa o grão e as cepas, e é nosso dever consagrá-los, restituí-los a Deus, sob as formas de pão e de vinho, transubstanciados. As nossas mãos devem apresentar o fruto das colheitas, quando chegar o fim da nossa peregrinação na terra.

É essa a razão pela qual o Calvário se ergue no meio de todos nós, e nos encontramos sobre a sua montanha sagrada. Não nascemos para ser simples espectadores, ou para lançarmos os dados, como fizeram os algozes de outrora, mas sim para sermos participantes do mistério da Cruz.

A maneira de reproduzir o quadro do Último Julgamento, durante a Santa Missa, será a evocação da forma como o Pai recebeu e saudou o Seu Filho, olhando para as Suas mãos. Nelas se evidenciavam os vestígios do trabalho, as calosidades da Redenção e as cicatrizes da Salvação.

Também nós, terminada a nossa peregrinação na Terra e no regresso ao princípio, veremos que Deus olha as nossas mãosSe durante a nossa vida tivermos tocado as mãos do Seu Divino Filho, as nossas mãos apresentarão as marcas dos pregos; se tivermos percorrido a senda que conduz à eterna glória, através das veredas tortuosas e difíceis do Calvário, também os nossos pés apresentarão os mesmos ferimentos; se os nossos corações bateram em uníssono com o de Jesus, também eles ostentarão a chaga do lado, aberta pela lança que trespassou o Coração do Salvador.

Abençoados são, pois todos aqueles que levam nas suas mãos, marcadas pelos cravos da Cruz, o pão e o vinho das suas vidas consagradas, marcadas pelo signo e pelo selo do Amor redentor.

Mal, porém, daqueles que se afastaram do Calvário e que apresentarão as mãos brancas e sem cicatrizes! Quando a vida se acaba, e a Terra se desvanece como um sonho, quando a luz da eternidade entra a jorros nas almas, com todo o seu esplendor, os justos podem com uma fé humilde, mas triunfante, repetir, como num eco, a última palavra de Cristo: “Pai, nas Vossas mãos entrego o meu espírito”!

E, assim, termina a Missa de Cristo. O Confiteor foi a Sua oração ao Pai, para que nos perdoasse aos nossos pecados; o Ofertório foi a apresentação das pequenas hóstias, sobre a patena da Cruz; o Sanctus foi a encomendação das nossas almas a Maria, a Rainha de todos os Santos; a Consagração representou a separação do corpo do Salvador e a aparente separação de divindade e humanidade; a Comunhão foi a Sua sede pelas nossas almas; o Ite Missa est foi o remate da obra da salvação; o último evangelho foi o regresso de Jesus a Seu Pai.

E, agora que a Missa está dita, que Jesus encomendou o Seu espírito ao Pai Celestial, Ele prepara-Se para restituir o Seu corpo a Sua Mãe Santíssima, aos pés da Cruz. Também esta última fase será um regresso ao princípio da Sua vida terrestre – a Belém, ao tempo em que Se aconchegava no regaço de Sua Mãe, retomando novamente o Seu lugar.

A Terra tinha sido cruel para Ele; os Seus pés vaguearam pelos caminhos da ovelha tresmalhada, e nós trespassamo-los com os cravos de ferro; as Suas mãos ofereceram-nos o pão da Vida Eterna, e nós pregamo-las nos braços da Cruz; os Seus lábios ensinaram-nos a Verdade, e nós oferecemos à Sua sede o fel e o vinagre. Ele veio para nos dar a Vida, e nós demo-Lhes a morte; mas esse foi o nosso erro fatal, pois não Lhe roubamos realmente a vida, e apenas tentamos fazê-lo. Ele deixou-Se vencer por Sua própria vontade.

Nenhum dos Evangelhos diz, de fato, que, Ele morreu, mas sim, “Ele rendeu o espírito”. Foi, pois, um ato voluntário, uma renúncia espontânea da própria vida.

Não foi a morte que se aproximou d’Ele. Foi Ele quem Se aproximou da morte. E foi por essa razão que o Salvador, à aproximação do fim, ordenou que os portais da morte se Lhe abrissem, na presença de Seu Pai.

O cálice vai-se gradualmente enchendo com o vinho rubro e precioso da salvação. As rochas da terra abrem as suas bocas sequiosas, para o beber, como se ela própria estivesse mais necessitada da torrente da salvação do que os ressequidos corações dos homens.

A Terra estremeceu de horror porque os homens tinham erigido sobre seu seio a Cruz de Deus. Madalena, arrependida, lá estava, abraçada aos pés da Cruz; João, o sacerdote, cujo rosto é a imagem fiel do próprio amor, escuta as pulsações do coração, cujos segredos aprendera a amar.

Maria, absorta, pensa quanto o Calvário é diferente de Belém.

Trinta e três anos antes, Maria baixava o seu doce olhar para a sagrada face de Jesus Menino. Em Belém o Céu contemplava a face da Terra; agora, os papéis invertiam-se. É a Terra que ergue os olhos para a face do Céu – um Céu marcado pelas cicatrizes da Terra.

Ele amava Maria, acima de todas as criaturas da Terra, porque Ela era a Sua Mãe e a Mãe de todos nós. Ele viu-A, logo que chegou à Terra, e viu-A ainda no momento derradeiro , antes de A deixar. Os Seus olhos encontraram-se, resplandecentes de vida, trocando, entre si, uma linguagem que só Eles entendiam.

No meio de um rapto de amor, uma cabeça inclinou-se, um coração parou, outro coração despedaçou-se. Jesus entrega o Seu espírito puro, sem mácula, nas mãos de Deus, por entre o ressoar das trombetas da vitória eterna. E Maria, a Mãe que acaba de perder o Seu Filho, permanece aos pés da Cruz. Jesus está morto.

Maria ergue o Seu olhar para os olhos de Jesus, vivos e claros ainda no Seu rosto imobilizado pela morte.

Sumo Sacerdote do Céu e da Terra, a Vossa Missa está terminada! Deixa o altar da Cruz e encaminha-Vos para a Vossa sacristia. Como Sumo Sacerdote, Vós vieste da sacristia do Céu, paramentado com as vestes da humanidade, e o Vosso corpo e o Vosso sangue eram o pão e o vinho.

Agora, o Sacrifício está consumado. Fez-se ouvir o toque da campainha da Consagração, e resta apenas o cálice esgotado e enxuto. Entra na Vossa sacristia, despe as vestes da mortalidade, e enverga a túnica branca da imortalidade.

Mostra as Vossas mãos, os Vossos pés e o Vosso lado a Vosso Pai Celestial e diz: "Assim fui ferido na casa daqueles que Me amaram".

Entra, Sumo Sacerdote, na Vossa sacristia celestial e, quando os Vossos representantes na Terra erguerem a hóstia e o cálice, mostrai-Vos ainda a Vosso Divino Pai, e intercede amorosamente por nós, até a consumação dos séculos.

A Terra foi cruel para conVosco, mas Vós serás extremamente misericordioso para com ela. A Terra Ergueu-Vos na Cruz, mas agora Vós elevarás a terra por meio por meio da Cruz. Abre as portas da celestial sacristia, ó Sumo Sacerdote! Vê que estamos agora à Vossa porta e não cessamos de bater!

E o que Vos diremos nós a Vós, Maria? a Vos que és a sacristia do Sumo Sacerdote, como já o foste em Belém, quando Ele veio até junto de Vós, para trazer ao mundo o grão e a cepa? E foste-o também na Cruz, onde Jesus Se transformou no Pão da Vida e no Vinho, por meio da Crucificação.

Vós és também o Seu sacristão, agora que Ele vem do altar da Cruz, trazendo apenas o Cálice enxuto do Seu sagrado corpo. Quando esse cálice repousa no Vosso regaço é como se voltasses aos tempos de Belém, porque Ele é Vosso, mais uma vez, O cálice só é, porém, o mesmo, na aparência, pois o de Belém sofrera apenas a prova do fogo que o moldara, ao passo que o da Paixão passara pelo duplo fogo do Gólgota e do Calvário.

Em Belém, Ele era branco, tal como viera das mãos de Deus, Seu Pai: agora é da cor de sangue, tal como vem até nós.

Vós és, porém, ainda a Mãe Imaculada daqueles que ajoelham junto ao latar; fazei com que nos apresentemos ali na maior pureza e assim nos conservemos, até ao dia em que entremos na Sacristia Celestial do Reino dos Céus, onde Vós serás a nossa eterna sacristia e Jesus o nosso eterno Sacerdote.

E vós, amigos do Crucificado, o vosso Sumo Sacerdote abandonou a Cruz, mas deixou-nos o altar.

Na Cruz, Ele estava só, mas na Missa está conosco.
Na Cruz, Ele sofreu no Seu corpo físico. No altar, Ele sofre no Seu Corpo Mistico, que somos nós.
Na Cruz, Ele era a única Hóstia; na Missa, nós representamos pequenas hóstias, e Ele a Hóstia imensa, recebendo o Seu Calvário por nosso intermédio.
Na Cruz, Ele era o Vinho; na Missa nós somos a gota de água, unida com o vinho e consagrada com Ele.

Sob esse aspecto, Ele está ainda na Cruz, rezando a Confissão conosco, perdoando-nos ainda, encomendando-nos ainda a Maria, sequioso ainda por nós, encaminhando-nos ainda para junto de Seu Pai, pois, enquanto o pecado existir na terra, a Cruz permanecerá!


"De dia ou de noite,
onde quer que o silêncio me rodeia,
sou surpreendido por um grito
que vem do alto da Cruz.

A vez primeira que o ouvi,
parti à procura...
E encontrei um homem nas agonias da crucificação.

E disse-Lhe:
"Vou despregar-Vos da Cruz!"
E tentei arrancar os cravos dos Seus pés,
mas Ele disse:
"Deixa-os estar, porque eu não posso ser retirado,
enquanto cada homem, cada mulher e cada criança
não vierem, juntos, retirar-me daqui".

E eu volvi:
"mas eu não posso ouvir Vosso grito. O que devo fazer?"
E Ele replicou:
"Vai, mundo fora, e diz, a todo aquele que encontrares
que está um Homem pregado na Cruz!"

(O Calvário e a Missa - Arcebispo Fulton J. Sheen - Sétima e última parte)

fonte: http://a-grande-guerra.blogspot.com.br/

Récita da Oração do Rosário

Atendendo ao pedido de Nossa Senhora em Fátima e nas demais aparições, e como já de costume no Movimento do Terço dos Homens de Nossa Senhora da Luz, nos reunimos hoje para rezar o primeiro Rosário do ano de 2017.

Em frente ao altar da capela do Centro Comunitário, na presença da linda imagem de Nossa Senhora da Luz , contando com alguns irmãos do Terço da paróquia de Nossa Senhora de Aparecida (Imbuí), rezamos o Rosário nesta manhã de sábado.

Certamente, muitas graças foram derramadas nas famílias, bem como nos irmãos que não puderam comparecer mas que nos pediram orações.

Que Nossa Senhora da Luz interceda por todos nós, em especial para que possamos continuar, e até mesmo aumentar o número de Rosários neste grupo.